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Turismo está a crescer no Porto

Turismo está a crescer no Porto

Depois de vários meses de interregno, como consequência da situação pandémica e das várias restrições por ela causadas, os turistas estão, finalmente, a regressar em força ao território continental português, e em particular à região Norte. Desde os Clérigos à Ribeira, misturam-se, pelas emblemáticas ruas da cidade do Porto, pronúncias oriundas de diversos países, numa clara euforia pelo regresso à “normalidade”.

O brasileiro, o espanhol e o britânico são das línguas mais ouvidas, mas o francês, o alemão, o holandês e o romeno têm-se notado também muito presentes. Trata-se de um regresso há muito desejado, quer de quem reside na Invicta como de quem a visita pela primeira vez e até de quem, por imposição dos vários condicionamentos, havia vindo a adiar um regresso há muito desejado.

A retoma do turismo antevia-se já desde o início deste ano e começou a fazer-se sentir, especialmente, no último mês de abril, por ocasião das celebrações pascais. A região do Porto e Norte conseguiu, pela primeira vez desde o início da pandemia, registar números próximos aos de 2019, com as taxas de ocupação hoteleira a rondar os 95%.

“O turismo está de regresso à região, com a taxa de ocupação hoteleira acima dos 90% e em alguns locais a atingir 95%”, avançou, na altura, Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), indicando que os “mercados de proximidade” foram os que tiveram maior expressão, com Espanha, França e Reino Unido a liderar a lista de nacionalidades que mais marcaram presença no Porto.

Pela cidade, sente-se a euforia, o entusiasmo e o brilho no olhar de quem chega a um Porto que pode ser descoberto através dos mais diversos meios de transporte. Há tuk-tuks, autocarros panorâmicos, uma oferta significativa de transportes marítimos, como passeios de barco, que podem ser feitos de forma individual ou em excursão, e uma lista interminável de meios suaves, como trotinetas, bicicletas, metro e autocarros elétricos.

Opção aérea desapareceu

Até, pelo menos, há cerca de um ano os turistas que chegavam à cidade tinham também oportunidade de ficar a conhecer o Porto por meio aéreo, através de um deslumbrante passeio de helicóptero.

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A oferta em causa era assegurada pelo serviço Helitours, da empresa DouroAzul, com partida do heliporto de Massarelos, na margem direita do rio Douro, perto da Ponte da Arrábida. Contudo, neste momento, o “departamento comercial” dos serviços encontra-se “encerrado”, não sendo conhecidas as causas que levaram ao término das viagens turísticas que sobrevoavam o rio Douro, a zona histórica e toda a cidade portuense.

Depois de verificar a indisponibilidade do serviço telefónico da Helitours, a VIVA! contactou diretamente a empresa de cruzeiros de Mário Ferreira, mas não foi possível obter informação adicional além de que o “departamento comercial está encerrado”. Sobre a previsão da retoma da operação, também não foi feito qualquer comentário.

Com o transporte aéreo excluído, os milhares de turistas que continuam a chegar à cidade, e que, de acordo com Luís Pedro Martins, em declarações ao Publituris, poderá registar números “próximos dos valores conseguidos antes da pandemia” já este verão, podem continuar a visitar a cidade e a conhecer os monumentos mais emblemáticos, a desbravar caminhos e a deliciar-se com os melhores sabores portuenses a bordo de viagens privadas de tuk-tuk ou, coletivamente, em autocarros e/ou metro.

Em 2019, recorde-se, o turismo na região Norte registou seis milhões de hóspedes e 11 milhões de dormidas. Dois anos depois, a retoma do turismo na cidade do Porto começou a manifestar-se significativamente, com o Porto, sobretudo no último mês de abril, repleto de turistas, com hotéis completos e instituições culturais a registar aquela que terá sido, até então, a “melhor semana turística do ano” [Páscoa].

Entre janeiro e fevereiro, o Porto já havia registado resultados encorajadores no que respeita ao alojamento turístico, com “mais de 330 mil dormidas”, o que representa um acréscimo de “752 por cento” quando comparado com o período homólogo do ano passado, de acordo com os dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em paralelo com o crescimento do turismo no Porto e o alojamento turístico da cidade, verifica-se também um investimento imobiliário muito significativo na Baixa e Centro Histórico. A informação foi avançada este mês pela Confidencial Imobiliário, empresa de dados estatísticos sobre preços de transação no mercado imobiliário, que indicou que as Áreas de Reabilitação Urbana (ARUs) da Baixa e do Centro Histórico do Porto registaram 583 operações de aquisição de imóveis no ano passado, o que representa um total de 197,1 milhões transacionados, o equivalente a uma “recuperação de 30%” quando comparado com o período homólogo de 2020.

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