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Rui Moreira propõe primeira revisão orçamental de 2021. Em causa estão mais 51,7 milhões de euros.

Rui Moreira propõe primeira revisão orçamental de 2021. Em causa estão mais 51,7 milhões de euros.

Numa altura em que Portugal vive um dos cenários mais desafiantes da pandemia de covid-19, fruto do, ainda, contínuo aumento expressivo de novos casos diários de infeção e do desenvolvimento do programa de vacinação, o presidente da Câmara Municipal do Porto vai levar à próxima reunião do executivo, agendada para segunda-feira, uma proposta para a primeira revisão orçamental de 2021. 

Rui Moreira justifica a medida com as “atuais contingências” que, segundo descreve, “infelizmente, assim o obrigam”. “O tempo presente, que todos esperamos irrepetível, requer medidas de curto prazo”, sublinhou. 

Em causa, segundo revela, está um aumento de 51,7 milhões de euros ao atual orçamento, o que irá perfazer um total de 380,2 milhões de euros, que volta a corresponder ao “maior de sempre da história da cidade do Porto”. 

Na nota divulgada, a autarquia realça que a revisão orçamental foi realizada num contexto que aconselha “a maior prudência”. “Com um «novo confinamento ainda sem fim à vista» e com a expectável ausência de reforço das transferências do Estado para as autarquias – por razões que o presidente da Câmara do Porto entende como «atendíveis», porque «há outras prioridades prementes» – Rui Moreira não quer o município do Porto a nadar fora de pé”, lê-se. 

O autarca acredita que “a situação financeira equilibrada, alicerçada ao longo dos últimos anos”, permitirão ao Porto enfrentar este desafio “com segurança e confiança”. 

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Reforçar a dotação do programa de apoio à renda, “Porto Solidário”, dar resposta a medidas de curto prazo de mitigação da crise sanitária e apoiar o programa de vacinação de combate à pandemia são algumas das razões apontadas pelo município para o aumento de 51,7 milhões de euros no orçamento municipal. 

Além disso, o incremento servirá também para “inscrever a uma nova linha de emergência de apoio ao associativismo”, anunciada na semana passada,  reforçar a “programação cultural para a segunda metade do ano e o calendário orçamental da intermunicipalização da STCP” e apoiar a “aquisição do terreno de S. Roque da Lameira à STCP” e o resgate para o património municipal dos edifícios integrados no Fundo Porto D’Ouro que está em liquidação. 

De acordo com a autarquia, este exercício financeiro será acompanhado de um provisionamento para a amortização da dívida bancária. “Liberta-se o orçamento municipal da dívida bancária contraída em 2020”, explicou Rui Moreira. 

“Com a integração do saldo de execução orçamental de 2020, de 96,5 milhões de euros, a receita inicial de impostos diretos, da taxa municipal turística e de financiamento bancário é reduzida em 44,8 milhões de euros”, detalha ainda o documento, acrescentando que, com esta primeira revisão orçamental, a despesa corrente é reforçada em 19,1 milhões de euros, mais 9,7%, e as despesas de capital aumentarão 32,6 milhões de euros, mais 24,6%, das quais 20,7 milhões de euros, mais 16,4%, são para reforço do investimento. 

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