
Depois de criticas por parte dos vereadores do PS, PSD e CDU, que acusaram a maioria municipal de “falta de transparência das opções do traçado” para a construção da nova ponte sobre o Douro, já com o nome de ponte D. António Francisco dos Santos, a Câmara Municipal do Porto vota na próxima segunda-feira para a continuidade do procedimento de contratação para a construção da infraestrutura.
Segundo o PSD, a ponte terá um custo três vezes maior que valor de 12 milhões de euros que foi apresentado em projeto no ano 2018, devido à localização “claramente mal escolhida” que levou a uma revisão do mesmo.
O Partido Socialista e a Coligação Democrática Unitária lamentam não terem sido informados sobre uma decisão já tomada, realçando a necessidade para um debate sobre o projeto, sobre as questões envolventes, como a localização e os custos inerentes.
O presidente da Câmara do Porto, face estes comentários por parte da oposição, adiou a assinatura do contrato para o lançamento do concurso para a nova ponte no douro, com a promessa de levar o assunto a votação.
A proposta de autorização surgiu depois das críticas dos vereadores do PS, PSD e CDU, que na reunião do executivo de 13 de maio acusaram a maioria municipal de falta de transparência na discussão das opções do traçado para a nova ponte D. António Francisco dos Santos, cujo custo, incluindo acessos, é de 36,9 milhões de euros — valor a que acrescem 1,63 milhões de euros para estudos.
Já PS e CDU lamentaram ter sido confrontados com uma decisão já tomada, salientar ndo a necessidade de debate informado sobre o projeto, nomeadamente sobre questões como a localização ou o custo. Em resposta às críticas, o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, deu indicações para adiar a assinatura do contrato para o lançamento do concurso para a nova ponte sobre o Douro, indicando que traria o assunto a votação.
A infraestrutura terá um custo total de 36,9 milhões de euros, a assegurar pelas autarquias portuense e gaiense. No que respeita à componente da ponte o valor estimado é de 16,8 milhões de euros, aos quais se somam ainda os valores para construção do tabuleiro já em área seca e as infraestruturas rodoviárias de acessos. Segundo a proposta, o município de Vila Nova de Gaia ficará responsável pelo pagamento de 21 milhões de euros, o que “inclui metade do valor do tabuleiro sobre o rio, ligações rodoviárias e construção em área seca”. Já a Câmara Municipal do Porto assegurará o pagamento do mesmo valor relativo ao tabuleiro e seis milhões em acessos.