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Nova travessia sobre o Rio Douro deverá ficar junto à ponte de S. João

Nova travessia sobre o Rio Douro deverá ficar junto à ponte de S. João

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou esta segunda-feira, durante a Assembleia Municipal, que a ponte D. António Francisco dos Santos deverá ser construída a cerca de 200 metros a jusante do local inicialmente previsto, junto à ponte de S. João.

A informação, avançada pelo Jornal de Notícias, surge depois da Agência Portuguesa do Ambiente ter levantado alguns “entraves” à localização inicial da nova travessia sobre o rio Douro – que seria instalada entre Campanhã (Porto) e o Areinho de Oliveira do Douro (Gaia) -, o que levou as autarquias do Porto e de Vila Nova de Gaia a estudar a “relocalização da ponte e o seu redimensionamento”.

De acordo com o jornal, Rui Moreira revelou que a estrutura deverá ser construída a jusante. “Isto vai obrigar-nos a fazer um encaixe diferente”, afirmou o presidente da Câmara do Porto.

Segundo avançou o autarca, no local onde estava prevista a construção da ponte, há uma zona classificada, a Quinta da China. “Para encaixarmos a ponte, teríamos de demolir algo que estava classificado, o que não é possível”, explicou.

A relocalização da ponte D. António Francisco dos Santos vai obrigar a um investimento, por parte da Câmara do Porto, de três milhões de euros em acessos, que não estava previsto. “A ponte – sempre o dissemos -, já com os estudos técnicos, custará 12 milhões de euros. Vamos fazer as contas com Gaia, que vai ter uma situação diferente: são cerca de 9 milhões para construir os acessos”, afirmou Rui Moreira.

O autarca disse ainda que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto está a fazer um estudo, a pedido das Câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia, sobre as alterações ao projeto.

Esta segunda-feira foi também noticiado um parecer da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) que diz que a nova ponte sobre o Douro não pode ser construída abaixo da cota do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís.

Segundo o JN, a administração portuária entende que “não deverão ser admitidos projetos ou intervenções que reduzam o “Charted Vertical Clearence”

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já existente no caso concreto da Ponte D. Luís”, que é de 9,40 metros para uma altura de maré de 4,40 metros, na situação de preia-mar de águas vivas.

A APDL acrescenta ainda que “o canal de navegação não deve ter restrições, nomeadamente com a instalação de pilares ou outros obstáculos, aconselhando-se que um dos vãos seja centrado preferencialmente com o eixo do canal de navegação constante da implantação”.

No que se refere à gestão dominial, na área potencial de intervenção da nova Ponte D. António Francisco dos Santos, a APDL frisa que “o Cais da Marginal (concelho do Porto) e o Cais de Oliveira do Douro (concelho de Gaia)” são cais de uso público, sob responsabilidade da APDL, pelo que deve ser salvaguardado o seu uso regular e acesso pela margem e pelo plano de água, quer durante a fase de construção da ponte quer após a sua implantação definitiva.

A APDL aponta que deve ainda ser tida em atenção a zona de servidão da nova ponte, de modo a não condicionar aquela entidade em futuras operações de construção, transformação, ocupação e uso do solo e dos bens compreendidos naquela zona.

A nova travessia sobre o Rio Douro foi anunciada a 12 de abril de 2018. A sétima travessia sobre o Douro seria construída à cota baixa, numa extensão de 250 metros, estando previstas a ligação para trânsito rodoviário e transporte público, uma passagem pedonal e ciclovia.

A Ponte D. António Francisco do Santos tinha um custo estimado de 12 milhões de euros, integralmente assumidos pelos municípios de Porto e Gaia, em partes iguais.

Os autarcas avançavam ainda que seriam necessários dois concursos públicos, um para a conceção a lançar naquele ano (2018) e um segundo de caráter internacional para a construção da ponte que iria ser instalada entre Campanhã (Porto) e o Areinho de Oliveira do Douro (Gaia).

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