Ajudar no rastreio da Covid-19 é o objetivo da aplicação móvel StayAway COVID, que se encontra em fase piloto em Portugal. Os testes de segurança tiveram início esta segunda-feira.
“Começam hoje [segunda-feira] os testes de segurança da aplicação, que, segundo o Centro Nacional de Cibersegurança, terão uma duração de mais ou menos duas semanas”, anunciou o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.
O responsável adiantou ainda que a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) está a “trabalhar para garantir que o SNS 24 tem toda a informação necessária para dar resposta a questões relativamente à aplicação, bem como para garantir o seu encaminhamento em caso de necessidade”.
De recordar que o decreto-lei que permite a entrada em funcionamento da Stayaway Covid foi promulgado pelo Presidente da República a 4 de agosto, depois de ter sido aprovado em Conselho de Ministros a 16 de julho.
A aplicação desenvolvida pelo INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) permite fazer um rastreio de contactos com pessoas infetadas pelo novo coronavírus.
Através do sistema de comunicação sem fios “Bluetooth”, os telemóveis que tenham a aplicação instalada reconhecem-se e enviam mensagens informando da proximidade de uma pessoa que tenha sido infetada. De salientar que a informação é anónima e não recolhe nem revela qualquer dado pessoal dos utilizadores.
A Stayaway Covid permite assim rastrear de forma rápida e anónima as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.
A aplicação fica obrigada a “respeitar a legislação e a regulamentação sobre proteção de dados e sobre cibersegurança” e a Direção-Geral da Saúde é a “responsável pelo tratamento de dados” para cumprir a legislação europeia e portuguesa de proteção de dados.
