Depois de ter sido avançado que o anteprojeto da futura Linha Rubi da Metro do Porto iria criar esplanadas e elevadores nos pilares da nova ponte, tanto na cidade do Porto como em Vila Nova de Gaia, foi agora revelado que está também prevista uma reformulação da VL8 (Avenida Eng.º Edgar Cardoso).
A reformulação em causa inclui a supressão das duas atuais rotundas na via, e a criação de duas novas, assim como de ciclovias entre a rotunda Edgar Cardoso e a Arrábida, em Gaia, confirmou o jornal Público, depois de uma análise aos documentos do projeto da Linha Rubi, elaborada pela Agência Lusa.
“As ciclovias e passeios previstos para a nova ponte sobre o rio Douro terão continuidade ao longo da VL8 (Avenida Eng.º Edgar Cardoso), possibilitando o acesso ao Arrábida Shopping e à rede viária envolvente, sendo prevista a construção de uma passagem pedonal superior sobre a VL8 que garantirá estas acessibilidades”, lê-se.
A notícia divulgada acrescenta ainda que “vindo da ponte, o metro segue por um novo viaduto sobre o qual será construída a nova rotunda da Arrábida, próxima às atuais estações de serviço da Galp e que ligará o trânsito à auto-estrada, à Afurada e às imediações do Arrábida Shopping”.
O anteprojeto de arquitetura, assinado em novembro passado pelo arquiteto José Carlos Nunes de Oliveira, prevê a anulação da “primeira rotunda na atual configuração da VL8, que liga à Rua 28 de Janeiro e vias laterais” e a criação de “uma rotunda sob o Viaduto A [já existente]” na Avenida Mestre José Rodrigues.
Será também suprimida a atual rotunda da Rua Rei Ramiro, ficando o “atravessamento da VL8 assegurado através da construção de uma passagem inferior que ligará a Rua António Gustavo Moreira, a poente, com a Rua Rei Ramiro, a nascente”.
Recorde-se que o concurso público de construção da Linha Rubi, que ligará o Porto e Gaia entre as estações da Casa da Música e Santo Ovídio, deverá ser lançado até março, pelo que podem, até esta altura, verificarem-se “alterações ao anteprojeto”. O preço base da empreitada, integralmente financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a fundo perdido, é de 299 milhões de euros.