O concurso público para a conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que servirá exclusivamente o metro do Porto, numa “segunda linha” entre o Porto e Vila Nova de Gaia, vai ser lançado esta manhã, numa cerimónia “restrita” que terá lugar nos Jardins do Palácio de Cristal.
Na sessão, além dos autarcas da Câmara Municipal do Porto e de Vila Nova de Gaia, marcarão presença o primeiro-ministro António Costa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
Além do concurso público internacional de conceção da nova ponte, dar-se-á também início à abertura de um concurso de ideias para o projeto, que será avaliado por um júri composto por 11 elementos, cujas identidades serão também reveladas durante esta terça-feira.
Note-se que em causa está a nova linha que vai ligar Porto e Vila Nova de Gaia, num trajeto entre Santo Ovídio-Devesas-Campo Alegre, através de uma nova travessia que ficará localizada entre a ponte Luís I e a ponte da Arrábida.
No evento, serão também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e prolongamento da Amarela do Metro do Porto. Em causa está o alargamento da rede do Metro do Porto em mais seis quilómetros, metade dos quais em túnel, e sete novas estações. “As novas linhas darão origem, de acordo com os estudos de procura que ditaram estas opções de expansão, à conquista de 10 milhões de clientes anuais”.
No que respeita à Linha Amarela, será feito o prolongamento de Santo Ovídeo a Vila D”Este, em Vila Nova de Gaia. Por sua vez, a Linha Rosa constitui um novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.
As adjudicações das empreitadas representam um valor global de 288 milhões de euros, dos quais 189 milhões se destinam à Linha Rosa e 98,9 milhões para a Linha Amarela.
“O investimento global nos dois projetos ronda os 407 milhões de euros – incluindo expropriações, projetos, fiscalização, equipamento e sistemas de apoio à exploração -, sendo o financiamento assegurado pelo Fundo Ambiental e por fundos Europeus no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), em ambos os casos geridos a partir do Ministério do Ambiente e da Ação Climática”, salientou a Metro do Porto, em comunicado.
A Linha Rosa será formada por quatro estações e cerca de três quilómetros de via, ligando S. Bento/Praça da Liberdade à Casa da Música, servindo o Hospital de Santo António, o Pavilhão Rosa Mota, o Centro Materno-Infantil, a Praça de Galiza e as faculdades do polo do Campo Alegre. Já a Linha Amarela, também com um traçado de três quilómetros, vai prolongar-se de Santo Ovídio até Vila d’Este, em Gaia, alcançado “zonas de serviços como o Centro de Produção da RTP e de elevada densidade populacional, o caso da urbanização de Vila d’Este”.