O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, durante a reunião do executivo municipal, que, pela primeira vez, atendendo às circunstâncias que o país atravessa, aconteceu por videoconferência.
Segundo avança a autarquia, na agenda da reunião estava uma “proposta de alargamento do período de perguntas e respostas do concurso, ato proposto pelo júri do concurso e que necessitava da ratificação formal do executivo”.
No entanto, o autarca revelou que “face à crise internacional já instalada no mercado publicitário devido à pandemia da covid-19”, levará a uma próxima reunião a “decisão de anular o concurso”.
“O presidente da Câmara entende que apenas com a revisão do estudo económico elaborado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e apenas após consolidado o quadro que resultar da crise económica e financeira que se seguirá à pandemia, será possível lançar um concurso realista em condições vantajosas para o município”, lê-se na nota divulgada.
A mesma acrescenta que “o exigente caderno de encargos que a Câmara do Porto colocou a concurso, nomeadamente quanto à tecnologia que exigia aos concorrentes em abrigos de transporte público e mupis, pedia avultados investimentos aos concorrentes que, no quadro de incerteza económica atual e com a volatilidade que apresenta o mercado publicitário, não estariam em condições de fazer”.
Após a crise pandémica e uma vez estabilizado o mercado, a Câmara Municipal do Porto adianta que será lançado novo concurso, já tendo em conta “o novo quadro económico nacional e internacional”.
Recorde-se que o concurso público de concessão para a instalação, manutenção e exploração do mobiliário urbano da cidade do Porto foi publicado em Diário da República no final do mês de fevereiro com o valor base de 13,8 milhões de euros.