De acordo com os dados do European Patent Office (EPO) relativos a 2020, dos 249 pedidos de patente europeia realizados, nesse ano, por instituições portuguesas, pelo menos 23 tiveram origem na Universidade do Porto ou nos seus Institutos Associados.
Os dados do último relatório anual publicado pelo European Patent Office (EPO) confirmam, “pelo terceiro ano consecutivo, o estatuto da U.Porto enquanto universidade portuguesa que mais patentes submete junto do EPO, bem como um dos maiores motores de inovação em Portugal”, congratula-se a instituição portuense.
Dos 23 pedidos de patente submetidos em 2020, cinco foram desenvolvidas por investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Faculdade de Ciências (FCUP), da Faculdade de Engenharia (FEUP) e da Faculdade de Farmácia (FFUP).
“Geridas pela U.Porto Inovação, estas cinco invenções incluem uma solução para melhorar o modo de preservação dos espermatozoides e, assim, trazer uma nova esperança no combate à fertilidade; uma forma de tratamento para lesões em cavalos de corrida baseada em células estaminais; moléculas auto ativadas que, através da luz, conseguem localizar células cancerígenas em qualquer parte do corpo; um método de obtenção, a partir do bagaço de azeitona, de um ingrediente com propriedades funcionais e que que pode ser utilizado no desenvolvimento de novos produtos e um processo de separação e purificação de derivados de glicerol em produtos químicos de valor acrescentado”, avança a U.Porto.
Já no que diz respeito aos pedidos de patente realizados pelos Institutos Associados da U.Porto, o INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência está em destaque, tendo submetido 12 submissões de patente relacionadas com tecnologias médicas de apoio ao diagnóstico, telecomunicações, cibersegurança e instrumentação.
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) submeteu quatro pedidos, referentes a uma nova terapia para as lesões da medula espinhal, um meio de diagnóstico de tumores mais sensíveis à imunoterapia e também um revestimento para dispositivos médicos mais resistentes à infeção hospitalar.
O Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP) e o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) submeteram um pedido cada.
De referir que, indica a U.Porto, “a subida de patentes europeias ‘made in U.Porto’ surge em contraciclo com o decréscimo no registo de patente provenientes de instituições portugueses (249 em 2020 face às 272 submetidas em 2019)”.
A Universidade do Minho é a instituição nacional que regista mais pedidos de patente (20) a título individual. Segue-se a A4TEC – Associação para o Progresso da Engenharia de Tecidos e Tecnologias e Terapias de Base Celular, com 14 pedidos de patente, e o INESC TEC, com 12 pedidos.
No que diz respeito aos países que mais pedidos apresentaram em 2020, a lista do EPO é liderada pelos
Os Estados Unidos lidera a lista do EPO, no que diz respeito aos países que mais pedidos apresentaram em 2020, com mais de 25% dos pedidos. Segue-se a Alemanha e o Japão. Já no que diz respeito a empresas, a Samsung volta a surgir no topo da tabela com mais de 3200 pedidos de patente, seguida da Huawei e da LG com mais de 2900 pedidos cada.
De referir que as áreas da saúde e tecnologias médicas foram as que originaram mais pedidos.
Segundo indica a U.Porto, em 2020, chegaram à U.Porto Inovação 42 novas comunicações de invenção, “número que não se atingia desde 2012”.
Além da Europa, foram ainda submetidos pedidos de patente noutros territórios internacionais tais como Estados Unidos, Austrália, Brasil e, pela primeira vez, Israel, num total de 39 submissões.
Já no que se refere às patentes concedidas, em 2020 foram concedidas duas patentes em Portugal e oito internacionais: três em território europeu, duas nos Estados Unidos, uma no Brasil e duas no Japão. No final de 2020, o portfolio de patentes da U.Porto concedidas totalizava 271, sendo 65 nacionais e 104 internacionais.
Foto: U.Porto
