Na quinta-feira, 2 de maio, dia em que se assinalam exatamente 500 anos sobre a morte do mestre italiano Leonardo da Vinci, o desenho “Rapariga lavando os pés a uma criança” estará exposto ao público no Pavilhão de Exposições da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, entre as 11h e as 20h. A entrada é livre.
Pertencente ao acervo do Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), “Rapariga lavando os pés a uma criança” é a única obra de Leonardo da Vinci existente em Portugal e poderá ser apreciada exclusivamente no dia 2 de maio.
O desenho, que terá sido realizado entre 1480 e 1483, seguirá depois por empréstimo para o Museu do Louvre, em Paris, onde fará parte de uma exposição destinada também a assinalar os 500 anos da morte do mestre italiano da Renascença.
Segundo explica o portal de notícias da U.Porto, a autoria de “Rapariga lavando os pés a uma criança” foi reconhecida pela primeira vez como obra de Leonardo da Vinci em 1965, pelo historiador de arte e curador de arte britânico Philip Pouncey, corrigindo a antiga atribuição a Raffaellino da Reggio. Mas a descoberta só foi tornada pública em 1978, com a publicação do artigo “An Unknown Drawing by Leonardo da Vinci” na revista Apollo.
O desenho terá chegado ao Porto no século XIX, através dos estudantes bolseiros da Academia Portuense de Belas-Artes que frequentavam as academias italianas. No entanto, a autoria da obra só seria oficialmente reconhecida no século XX. Desde então, “Rapariga lavando os pés a uma criança” tem estado em itinerância por alguns dos mais importantes museus do mundo.
“Rapariga lavando os pés a uma criança” está avaliado em cerca de um milhão de euros.
Leonardo Da Vinci (15 de abril de 1452/2 de maio de 1519) foi um multifacetado artista (pintor, escultor, poeta, músico), inventor e cientista, anatomista, botânico, matemático, arquiteto, engenheiro. São da sua autoria obras tão conhecidas como “Mona Lisa” (ou “Gioconda”, que está no Louvre)” e “A última ceia” (que está em Milão) e estudos como “O homem vitruviano” e vários modelos de máquinas voadoras. Pintou também “A Virgem dos Rochedos” em duas versões (uma está no Louvre e outra na National Gallery de Londres) e “Salvator Mundi”, que é a obra de arte mais cara de sempre e foi adquirida por um príncipe saudita por 450 milhões de dólares.
