
A Câmara Municipal do Porto tem atualmente em curso “uma ambiciosa estratégia de expansão de espaços verdes” no concelho. O objetivo é “duplicar a curto prazo a área verde disponível para cada habitante”, algo que “encontra expressão no Plano Diretor Municipal (PDM) e na correspondente proposta de Estrutura Ecológica Municipal”, afirma a autarquia em nota enviada à VIVA.
A cidade pretende, assim, continuar a tornar-se cada vez mais verde, não apenas numa perspetiva paisagística ou ornamental, mas também “orientada por critérios e preocupações transversais, cujo desenho concorra para minimizar os efeitos das alterações climáticas”.

Destacam-se das intervenções mais relevantes, no âmbito desta estratégia de expansão, o remate a poente do Parque da Cidade, que inclui a renaturalização de cerca de 6.500 metros quadrados de área pavimentada do Queimódromo e a plantação de cerca de 2.800 árvores e arbustos.
A obra que esteve sob responsabilidade da empresa municipal GO Porto correspondeu a um investimento superior a 2,6 milhões de euros.

Também o campus universitário da Asprela ganhou em março deste ano um novo parque urbano com “seis hectares de paisagem cuidadosamente arquitetada”, com espelhos de água, “900 elementos arbóreos plantados”, ribeiras e mais de dois quilómetros de “percursos pedonais e cicláveis, acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida”.
O projeto surgiu “não só para fruição da comunidade envolvente e da população, como também para reduzir significativamente a ocorrência de cheias e de inundações da Ribeira da Asprela”, visto que em períodos de chuvas muito intensas, o espaço torna-se “numa grande bacia de retenção, com capacidade para 10 mil metros cúbicos de águas pluviais”.

Ao Parque de São Roque foram adicionados 1,2 hectares, aos quatro já existentes, num investimento de mais de 1,4 milhões de euros. O espaço verde ganhou, desta forma, “mais de um hectare de extensão, os caminhos foram recuperados, os espaços de descanso intervencionados, os mirantes reabilitados e o icónico labirinto preservado”.

No futuro está prevista a construção do Parque da Alameda de Cartes – localizado na interface dos bairros do Falcão, do Cerco e do Lagarteiro, e com ligação ao Parque Oriental. Segundo a nota de imprensa, este espaço “resulta de um amplo processo de participação pública (no qual as populações das zonas abrangidas tiveram um papel fundamental para identificar as necessidades) e foi desenvolvido no âmbito do projeto europeu financiado pelo H2020, o URBiNAT”.
O município estima também que a criação do novo Parque Urbano da Lapa, com quatro hectares se inicie no próximo ano.
Por outro lado, além do aumento e requalificação de alguns espaços verdes do município a autarquia portuense tem também procurado promover a atividade física e o envelhecimento ativo. Com um investimento de 640 mil euros, 18 parques e jardins foram beneficiados com equipamentos de fitness.

Na inauguração de um desses parques desportivos, no Castelo do Queijo, o presidente da
Câmara Municipal, Rui Moreira, citado na plataforma referiu-se a estes como sendo verdadeiros “health clubs a céu aberto”, acrescentando que são importantes “do ponto de vista da saúde e do lazer”, sendo um “investimento amplamente justificado”.
O município do Porto adianta ainda que a criação destes equipamentos junto a parques infantis foi também uma forma de aliar a diversão dos mais novos com a prática desportiva, assim como incentivar algumas dinâmicas internacionais que promovam a atividade física em múltiplas idades.