
Esta terça-feira, dia 11 de novembro, ficou marcada pelo pedido de demissão do primeiro-ministro António Costa, que colocou o cargo à disposição, depois das suspeições que vieram a público, esta manhã, e que fizeram do próprio alvo de investigação.
Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro português falou ao país, na sua residência oficial. “Quero dizer, olhos nos olhos aos portugueses, que não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito, ou sequer de qualquer ato censurável” – referiu António Costa, tal como cita a RTP.
Ainda sobre as suspeitas levantadas, o secretário-geral do Partido Socialista (PS) referiu estar “totalmente disponível para colaborar com a Justiça em tudo o que entenda necessário para apurar toda a verdade, seja sobre que matéria for”.
Na base da demissão, está a investigação do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio. Como refere a Procuradoria-Geral da República (PGR) em comunicado, “no decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido (negócio do lítio). Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente”, tal como cita a mesma fonte de informação.
Ainda no comunicado que fez a partir da residência oficial, ao país, António Costa assegurou que não é sua intenção recandidatar-se, no futuro, ao cargo de primeiro-ministro, sendo que se trata, para o próprio, de “uma etapa da vida que se encerrou”.
Foto via Porto Canal