
Depois de, em 2019, o Porto e Norte ter registado um “forte crescimento” na procura por parte do mercado britânico, a expectativa é que a tendência se mantenha este ano, impulsionada, além dos bons resultados portugueses no combate à pandemia, também pela final da Liga dos Campeões, que vai colocar frente a frente Chelsea e Manchester City, no próximo sábado, 29 de maio, no Estádio do Dragão.
As conclusões foram avançadas durante o webinar “A Hora do Reino Unido”, onde, entre outros assuntos, estiveram em destaque “as oportunidades surgidas com a inclusão de Portugal na «lista verde» dos destinos turísticos”.
Durante a sessão, Cláudia Miguel, coordenadora da equipa de turismo no Reino Unido, destacou a “enorme recuperação de Portugal nos últimos meses”, um mérito que considera ser “de todos os portugueses”. “Em fevereiro estávamos no fundo da tabela e somos agora o terceiro país da União Europeia com menos novos casos de covid-19 por milhão de habitantes. Isto deve-se ao esforço de todos os portugueses e deve ser um motivo de orgulho”, realçou.
Recorde-se que os britânicos podem visitar Portugal, desde que apresentem um resultado negativo em teste PCR, no máximo 72 horas antes de embarcarem no avião. A abertura das fronteiras ao Reino Unido veio ainda colocar à prova a capacidade de receção de Portugal aos turistas britânicos, teste passado com distinção, considera o Turismo do Porto e Norte.
A propósito do perfil do turista britânico, a responsável esclareceu que são, essencialmente, cidadãos com mais de 55 anos, oriundos de Londres e sul de Inglaterra, que não foram economicamente afetados pela pandemia e que marcam as férias através de agências de turismo.
Adicionalmente, verifica-se também um aumento das estadias prolongadas, pelo que, considera, os operadores turísticos do Porto e Norte têm uma oportunidade de promover os “pacotes de experiências entre a oferta cultural do Porto e as quintas históricas do Douro vinhateiro”.
Para Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, é importante que os operadores estejam atentos à atualização da situação da pandemia no Reino Unido, a partir de fontes oficiais e fidedignas, alertando para a proliferação de notícias falsas e sensacionalistas. “As medidas adotadas a nível da higiene e segurança, as medidas de responsabilidade social em relação aos trabalhadores, a sustentabilidade ambiental e uma boa gestão dos meios de comunicação, são outras áreas chave a ter em conta na hora de captar a atenção deste mercado. Acredito que o mercado britânico irá ser dos que mais vai crescer na região no curto e médio prazo. A Champions League poderá ser o kick off para este objetivo”, salientou.