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Trajes de papel de São Bartolomeu querem ser património da UNESCO

Trajes de papel de São Bartolomeu querem ser património da UNESCO

A União de Freguesias da Foz, no Porto, assinou um protocolo para candidatar a produção dos trajes de papel das Festas de São Bartolomeu a Património Cultural Imaterial da UNESCO. Os trajes em causa, recorde-se, são feitos pelas “coletividades locais”, com vários meses de antecedência, e fazem parte de uma “tradição com mais de 150 anos de história”.

“É um processo que será iniciado e concluído já este ano, e será o pontapé de saída de uma candidatura à UNESCO, que é um processo que ainda demorará dois anos. O ponto de partida é já este ano com o protocolo e registo nacional desta arte”, adiantou Tiago Mayan, presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, em declarações à agência Lusa, segundo o Jornal de Notícias.

A tradição secular das Festas de São Bartolomeu, na Foz do Porto, tem como “ponto alto” o Cortejo do Traje de Papel, com partida da Cantareira e termina com o “habitual banho santo nas águas do Atlântico, numa tentativa de expurgar todas as maleitas dos participantes”, como diz a lenda.

A candidatura do Porto foi formalizada em conjunto com os municípios espanhóis de Güeñes, no País Basco, e Mollerusa e Amposta, na Catalunha, onde a produção dos trajes de papel tem “tradições diferentes da portuguesa” e está, principalmente, “associada à moda”. A diretora, responsável pelo projeto, é Carme Polo Vive, professora na Universidade Esade, em Barcelona, eleita pelos quatro municípios.

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Ao longo deste ano, as quatro entidades “vão trabalhar na candidatura conjunta à UNESCO, sendo que, cada uma está já em ‘trabalhos preparatórios’ para submeter esta arte a Património Cultural Imaterial em Portugal e Espanha”. Prevê-se, ainda, a contribuição de quatro mil euros, por cada uma das entidades, para o projeto.

Conforme indicado na Comissão Nacional da UNESCO, o património cultural imaterial inclui as tradições ou expressões vivas herdadas dos nossos antepassados e transmitidas aos nossos descendentes, tais como tradições e expressões orais, incluindo a língua como vetor do património cultural imaterial; artes do espetáculo; práticas sociais, rituais e eventos festivos; conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo; aptidões ligadas ao artesanato tradicional.

Foto: Facebook União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde

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