De acordo com o comunicado da Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto, desde 2012 que aquela empresa perdeu cerca de 30% dos funcionários, passando de 370 para 266, uma situação acompanhada por “discursos que fomentam o medo e a incerteza no seio dos trabalhadores cujos efeitos se tornam infalíveis quando conjugados com propostas de pagamento de indemnizações situadas bem acima dos valores a que a lei obriga”.
A entidade representativa dos trabalhadores salientou ainda que, com a redução do número de funcionários, “há hoje setores altamente deficitários, verificando-se a necessidade diária de contratar serviços externos em todas as áreas operacionais”.
“Há mesmo períodos do dia (nomeadamente a noite, a partir das 16, 17 horas) que estão a ser exclusivamente garantidos por meios humanos exteriores à empresa. Na prática, é de uma autêntica privatização da RTP que se trata: tornando a empresa inoperacional através do seu sangramento indiscriminado, a única via parece ser a da entrega, de mão beijada, de vastos sectores, ao sector privado”, alertou a Subcomissão de Trabalhadores.
De acordo com aquele órgão, está a circular atualmente um e-mail que indica que, a partir de sábado, vários horários de trabalho do Centro de Produção do Norte serão assegurados por empresas externas à RTP.
