Só este ano, 1072 enfermeiros já solicitaram a “Declaração das Diretivas Comunitárias” para poderem exercer a sua profissão noutro país, número que, em 2009, não ultrapassou os 609. A OE lamenta a tendência de emigração verificada na classe dos enfermeiros, sublinhando que Portugal está a “exportar” profissionais de que necessita, já que se estima que as unidades de saúde nacionais precisem de 10 a 15 mil enfermeiros.
No entanto, os enfermeiros não são os únicos a optarem pela emigração. A Ordem dos Médicos (OM) também registou um aumento do número de profissionais que decidem ir trabalhar para o estrangeiro. Para o bastonário da OM, a tendência é justificada pela ausência de condições de trabalho em Portugal. Deste modo, acrescentou José Manuel Silva, quando lhes “oferecem condições muitíssimo mais atrativas e, sobretudo, perspetivas de progressão profissional é evidente que eles optam por países estrangeiros”.
