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TNSJ recebe “Macbeth”

TNSJ recebe

A peça “Macbeth”, de Shakespeare, com encenação de Nuno Carinhas e João Reis como protagonista, é uma “história de poder” e de como lá chegar de forma “mais ou menos desastrosa”. A peça estreia no dia 1 de junho no Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, e fica em cena até dia 22 do mesmo mês.

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É “sobretudo, uma história de ambição, uma história de poder e como chegar até lá de forma, mais ou menos desastrosa”, contou, em entrevista à Lusa, Nuno Carinhas, encenador da peça.
Trata-se da “história de alguém que perante um vaticínio se entusiasma com essa espécie de vaticínio e parte à conquista desses lugares que lhe são alvitrados”, explica Carinhas, sobre aquela que é a sua primeira incursão pela dramaturgia de William Shakespeare, em que também teve a cargo os figurinos e a cenografia.
Questionado pela Lusa sobre se o espetáculo, que se estreia, por coincidência, no Dia Mundial da Criança, é destinado a um público adulto ou pode ser visto por públicos mais infantis, Nuno Carinhas considera que “Macbeth” é “um conto de fadas em relação à realidade [em redor] e às notícias que [se ouvem] quotidianamente nos meios de informação”. Todavia, avisa que a peça revela “algumas deformidades da alma humana” e que é necessário que os pais saibam preparar os filhos para o que vão ver.

O feliz acaso
Nuno Carinhas, 63 anos, assume que foi “um acaso” ter pegado em Shakespeare nesta fase da sua vida: “Calhou. É mesmo um acaso organizado. (…) Há muitos autores que demoram a ser feitos por quem faz teatro. Não há só Shakespeare, há autores carismáticos e agora era tempo de o fazer em função de muitos outros textos que já tinha feito. Achei que estava na altura de tratar este texto especificamente”.
A “excelência da escrita”, a “tradução de Daniel Jonas” ou trabalhar temas como a “solidão de um homem cheio de poder” são algumas das distinções que Nuno Carinhas enumerou para diferenciar esta peça de outras que encenou.
Para o encenador, a história de Macbeth enquadra-se em “todos os tempos”, porque senão não tinha chegado à atualidade, sempre de forma surpreendente e onde se descobrem sempre coisas novas. “É como ler um bom livro. Estamos sempre a descobrir nuances (…), porque nós estamos também em permanente mutação”, refletiu.
A peça vai ter tradução em Língua Gestual Portuguesa e vai ter audiodescrição para tornar o espetáculo acessível a todos os públicos e vai ter ainda legendas em inglês.
Os ingressos para o espetáculo variam entre os 7,5 euros e os 16 euros e a peça pode ser vista às quartas-feiras às 19h, às quintas e sextas-feiras às 21h, aos sábados às 19h e aos domingos às 16h.

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