Entre os dias 10 e 12 de novembro, de sexta-feira a domingo, o Porto vai receber um evento sui generis, chamado “The Listening Affect”, ou seja, o “Afeto da Escuta”, naquela que é a tradução literal do título do evento para português.
O acontecimento, que é organizado pela Ágora e que vai decorrer em vários pontos nevrálgicos da cidade Invicta, receberá em terras portuenses vários artistas com carreira no estrangeiro, entre os quais compositores, artistas sonoros e investigadores acústicos.
Quanto a alguns nomes que, até ao momento, já se encontram confirmados, é de destacar, por exemplo, Laraaji, KMRU, Alexandra Daisy Ginsberg, Ute Wassermann, Laia Estruch, entre muitos outros que prometem abrilhantar o segundo fim de semana do mês de novembro.
No que toca ao conteúdo dos espetáculos em si, mais do que uma performance artística, será de esperar uma espécie de “mergulho” até à essência das coisas, passando sempre pela forma como as escutamos. Afinal de contas, de que forma é que temos escutado tudo aquilo que nos rodeia?
Na tentativa de encontrar respostas, o que impera, numa primeira instância, serão sempre as perguntas. Vistas bem as coisas, “como é que os sons do planeta, de todas as suas criaturas e territórios estão a mudar com a crise climática? Como é que os animais percebem o ruído das atividades humanas e das nossas línguas faladas? Como é que uma planta soa quando se move, alongando as suas folhas para encontrar luz ou movendo as suas raízes em direção à água? Como é que ouvimos as erupções solares? Ou as ondas electromagnéticas? Como é que o som das placas tectónicas afeta o nosso humor e as nossas rotinas diárias?” (via Ágora).
De um lote bastante alargado de questões, estas são só algumas das perguntas que irão ver a luz do dia, entre 10 e 12 de novembro, por vários pontos da cidade do Porto.
Desde concertos, a conversas, a ativações sonoras, a performances, “The Listening Affect” é o ponto de encontro entre o melhor que o mundo das artes e a ciência têm para oferecer.
Outra nota relevante acerca do evento é que o mesmo não irá acontecer de um modo unilateral. O que é que isto significa? Significa que, mais do que uma palestra dada por alguém especializado no assunto, será, também, “uma plataforma aberta e lúdica de pensamento crítico coletivo em torno das ecologias sonoras e de exploração de novos modos de empatia para a nossa relação com o ambiente”, tal como cita o portal de notícias da Ágora.
Para entrar no evento, não é preciso comprar bilhete, na medida em que a entrada é livre. Mais informações serão anunciadas, em breve, aqui.
Foto: Tartaruga Água-min (via Ágora)