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Teresa Salgueiro: Intimismo e emoção

Teresa Salgueiro: Intimismo e emoção
Num concerto intimista na Sala Suggia da Casa da Música, no sábado, 16 de setembro, Teresa Salgueiro brilhou e encantou. Com o “mistério” entre o “horizonte e a memória”… aqui tão perto! Uma noite de celebração da (boa) música portuguesa, com uma das suas vozes mais icónicas.   

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Teresa Salgueiro é, sem sombra de dúvidas, uma criadora de ambientes mágicos de uma beleza indiscutível, revelando a singular multiplicidade das suas facetas artísticas, ao interpretar os seus arranjos originais para canções portuguesas, temas do seu repertório de autora, sem esquecer a homenagem ao seu antigo grupo.
O seu percurso, iniciado a bordo dos Madredeus há 30 anos, prosseguido anos depois a solo, garantiu-lhe um sólido reconhecimento internacional e um carinho muito especial por parte do público português, que se habituou a encontrar na sua voz uma das mais belas marcas da sua própria identidade.
E todas estas palavras concretizaram-se no concerto do passado sábado, 16 de setembro. Foi algo que descrevo como colossal e repleto de emoção e esplendor.
O cruzamento do “horizonte com a memória” foi muito bem conseguido, acompanhado da voz inconfundível de Teresa Salgueiro e também do “brilharete instrumental” dos seus companheiros.
De destacar a “calorosa” interação entre Teresa e o público. Que cruzamento tão unido, digno de assistência para uma sala ao rubro.
Teresa Salgueiro revelou (e demonstrou) que a cidade do Porto lhe era muito querida, acabando por recordar a estreia em 1987 no Teatro Carlos Alberto.
O tema “Êxodo”, repleto de inquietações, foi um dos momentos marcantes.
Nomes também obrigatórios na história da (boa) música portuguesa como Amália Rodrigues, Zeca Afonso e Carlos Paredes não foram esquecidos. Os Madredeus também não. Afinal de contas foi um projeto também de uma beleza incalculável no percurso de Teresa Salgueiro. Temas como “Guitarra” ou “Haja o que houver” causaram a sensação de sempre. Maravilha!
Os aplausos ao longo do espetáculo seguiam-se avulsamente. Merecidos.
Destaque ainda para uma brilhante interpretação de um tema de António Variações, “Quero é viver”, ou o “Porto Sentido” de Rui Veloso.
Em suma, divinal. Aguardemos o próximo encontro, “algures entre o horizonte e a memória”.

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