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Telemóvel a mais? Esta escola em Gaia faz do recreio… um jogo de tabuleiro

Telemóvel a mais? Esta escola em Gaia faz do recreio… um jogo de tabuleiro

Cada vez mais, a tecnologia está presente na vida das crianças. Por isso mesmo, e até pelo receio destas socializarem menos, a Escola Básica Dr. Costa Matos, em Gaia, está a tentar voltar ao tradicional, através de uma nova medida no recreio.

No fundo, o recreio desta escola está a tornar-se numa espécie de jogo de tabuleiro. A única diferença é que este “tabuleiro” é bastante maior do que aqueles que colocamos em cima da mesa.

Quem se pronuncia sobre o assunto é Filinto Lima. O diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos assume a importância de estimular atividades coletivas e identifica-se como um homem do “século passado”, de acordo com o Expresso.

Posto isto, o próprio repara que se perdeu algum do reboliço habitual associado ao toque da campainha. Em vez do instinto levar as crianças a correr para ir brincar, não raras vezes as leva até ao bolso das calças, de onde tiram o telemóvel. Pode ver fotografias do projeto, aqui.

A medida não representa qualquer tipo de proibição

Com base na mesma fonte, isso não é igual a proibição. Apenas se trata de uma forma de estimular a brincadeira coletiva, em detrimento de outros tipos de entretenimento.

Posto isto, uma das grandes novidades desta escola é que já tem o “Twister” gravado no chão. O que é este jogo, ao certo? Basicamente, é um jogo composto por cores, em que o desafio é colocar os pés e as mãos no sítio adequado.

Trata-se de um jogo bastante conhecido e que tende a proporcionar grandes momentos de diversão entre amigos. A esperança é que a condição se possa manter nesta escola em Gaia.

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As próprias crianças reconhecem a necessidade de socialização

Sobre a necessidade de usar métodos mais tradicionais, uma aluna do 5º ano, apesar da tenra idade, reconhece a situação que a envolve.

“Vejo muitos meninos no recreio com o telemóvel. E, em vez de estarem no telemóvel, podiam estar a jogar e criar amizades com outros meninos de outras turmas” – explica Carolina.

Em concordância com a colega, o pequeno João, também do 5º ano, não tem dúvidas. Para este, os jogos tradicionais são muito “divertidos” e “tão viciantes como os telemóveis” (via Expresso).

Mais uma vez, importa referir que a intenção não é fazer com que as crianças abandonem o telemóvel. Antes pelo contrário, é reduzir o tempo desnecessário em que este é usado, passando a adotar outro tipo de entretenimento.

Todas as grandes ideias têm um obreiro e, neste caso, o autor é Diogo Francisco. O próprio é professor de Educação Física e, em declarações ao Expresso, salienta aquilo com que se deparava ao chegar à escola.

“Todos os dias, quando entrava na escola, dava conta que as crianças estavam ao telemóvel. E essa preocupação levou-me, no âmbito do meu estágio, a pensar numa intervenção multidisciplinar para reduzir o uso do telemóvel. A ideia que surgiu foi a de criar jogos lúdicos no exterior para motivar os alunos a abandonar o ecrã” – contextualiza.

Fora o famoso jogo do “Twister”, também vai haver jogo do Galo, da Glória, entre outros. Tudo isto no recreio, como forma de levar os mais novos à brincadeira conjunta, em detrimento dos ecrãs.

Fotografia: Pexels
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