Os 557 subscritores do texto “Teatros Municipais: Que Serviço Público?” vão dinamizar esta quinta-feira um debate sobre os teatros Rivoli e Campo Alegre, cujo programador está a ser escolhido pela autarquia. De acordo com Francisco Alves, do Teatro Plástico, uma das organizações ligadas ao movimento, o encontro está agendado para as 18h00, em “frente à porta principal” do Rivoli, uma vez que os pedidos de reunião com o vereador da Cultura e com o presidente da Assembleia Municipal e a cedência do Pequeno Auditório daquele teatro municipal foram “indeferidos”.
Repensar a política cultural na cidade do Porto e refletir sobre “o que se quer de um teatro municipal e da sua relação com a cidade” são os objetivos dos promotores do documento. “Mais do que discutir currículos ad hoc e perfis-robot de um putativo diretor, urge pensar no que significa ou pode significar o conceito de Teatro Municipal e articular ideias que promovam o resgate efetivo de dois equipamentos públicos degradados no quadro de uma política cultural de serviço público – relativamente à qual as câmaras não se podem demitir”, sublinha o movimento. A associação realça ainda que, ao tornar “conjunta a gestão de dois teatros municipais”, a prática do serviço público terá de decorrer, “antes de mais, da não submissão da programação a uma política de gosto único ou a uma lógica de rentabilidade comercial”.
De recordar que, segundo o estipulado pela autarquia no concurso público, caberá ao programador “definir e executar a estratégia de financiamento da atividade” dos teatros.
