Para assinalar os 70 anos de existência, que se comemoram a 18 de junho, o Teatro Experimental do Porto (TEP), leva ao palco dois espetáculos inspirados no arquivo da companhia, nos quais destaca o papel da mulher e dá voz às «micro-histórias».
O primeiro, de Tânia Dinis, «Elas entram e ficam!», estará em cena na sexta-feira e no sábado, dias 16 e 17, no Rivoli; e o segundo, encenado por Sara Barros Leitão, «Teoria das Três Idades», encenado por Sara Barros Leitão, subirá a palco do Mosteiro de São Bento da Vitória, domingo e segunda-feira, dias 18 e 19.
O diretor artístico do TEP, Gonçalo Amorim, afirmou em declarações à Lusa, segundo o Porto Canal, que a programação deste ano gravita toda em volta das comemorações dos 70 anos.
Adiantou que está a construir, “com uma companhia chilena, um espetáculo a propósito dos 50 anos do 25 de Abril, a assinalar em 2024, e dos 50 anos do Golpe do Chile, que impôs a ditadura militar do general Pinochet no país, em 11 de setembro de 1973”.
A peça, com encenação sua, estreia-se em setembro, no Chile, e em março, no Porto.
Será editado um livro com a «Trilogia da Juventude» – um conjunto de três espetáculos realizados entre 2017 e 2019, e as residências artísticas também vão continuar.
Este ano, com o Museu da Cidade, o TEP retoma ainda, em dezembro, no Tríplex, a exposição «70 anos TEP – Arquivo Vivo», numa viagem através do seu espólio, pela história da companhia profissional de teatro português.
Com uma nova casa, no CACE Cultural do Porto – antiga central da EDP, em Campanhã – o grande objetivo passa por voltar a ter palco próprio onde seja possível apresentar os seus espetáculos, como antes acontecia no Teatro António Pedro e na Sala Estúdio, que ardeu nos anos de 1990.
“Há sempre a ambição que a companhia mais antiga do país possa vir a ter o seu próprio teatro”, disse, acrescentando que o CACE poderá vir a oferecer essa possibilidade.
Referir que o Teatro Experimental do Porto é a mais antiga companhia portuguesa de teatro, tendo estreado o primeiro espetáculo em 1953, sob a direção artística de António Pedro, precursor do teatro moderno em Portugal.
Foto: Teatro Experimental do Porto (Facebook)