Depois de vários autarcas da região Norte terem pedido a intervenção do Governo no plano de retoma de voos apresentado pela TAP, com uma forte redução da atividade no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, e do primeiro-ministro, António Costa, ter transmitido, à Agência Lusa, que a Comissão Executiva da companhia aérea tem o dever legal de “gestão prudente” e que “não tem credibilidade” um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal, a TAP anunciou que vai “adicionar e ajustar os planos de rota anunciados”.
De acordo com informação avançada pelo Notícias ao Minuto, a companhia aérea admitiu esse reajuste, de forma a “ter um serviço ainda melhor e mais próximo” a partir “de todos os aeroportos nacionais” onde opera, mas não adiantou, ainda, qualquer detalhe sobre a revisão das rotas disponíveis nos próximos dois meses.
Os planos de rotas serão revistos em colaboração “com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais de turismo”.
“Considerando o período difícil que Portugal atravessa, [o plano revisto] ficará, naturalmente, subordinado aos constrangimentos legais que existam quanto à mobilidade das pessoas e ao transporte aéreo”, realçou ainda o Conselho de Administração da TAP, em comunicado enviado às redações, acrescentando que o objetivo da companhia é “continuar a voar para retomar a sua operação e a servir os seus clientes sempre com o objetivo de assegurar a sua sustentabilidade futura e continuar a projetar Portugal no mundo”.
Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, foi um dos autarcas que criticou duramente o plano de voos apresentado pela companhia aérea, no início desta semana, que prevê 27 ligações semanais até ao final de junho e 247 no mês seguinte, a maioria a partir de Lisboa.
