

Quem se deslocar ao parque empresarial nos próximos dias 12 e 13 vai, assim, poder encontrar “diversos tipos de materiais escolares”, desde livros técnicos a calculadoras, computadores, cadernos e livros de apoio, porque, na verdade, “one student’s trash is a future student’s treasure” (o lixo de um estudante é o futuro tesouro de outro), tal como defende o lema da venda de garagem. Ainda assim, a oferta disponibilizada não se esgota aqui. Haverá também “mobiliário, eletrodomésticos e outros objetos úteis em segunda-mão para quem se inicia na vida académica numa altura de crise e não pretende investir em materiais novos que deixarão de fazer sentido dentro de poucos anos, terminada uma licenciatura ou um mestrado”.
Para a Cultureprint, trata-se de um conceito com três mais-valias imediatas: “a poupança do lado dos compradores que adquirem estes materiais a preços mais baixos, o ganho de algum dinheiro extra para quem vende e a projeção do ponto de vista da sustentabilidade, uma vez que o destino dos materiais não é o lixo, mas sim a reutilização”.

Para além da vertente de venda, o “Students Garage Sale @ Lionesa” terá ainda uma componente de animação. Apadrinhada por Fernando Alvim, a festa estudantil contará com a participação “de várias bandas emergentes da cena musical do Porto e Matosinhos”. Segundo adiantou Minês Castanheira, o programa integra igualmente a atuação e intervenção de associações académicas, que pretendem dar-se a conhecer aos recém-chegados, e de tunas universitárias, que assumiram o desafio de animar as tardes e noites do evento.
E enquanto se divertem ao som das tradicionais músicas académicas, os futuros estudantes poderão contactar com outras entidades, dispostas a ajudá-los numa perspetiva de integração. Os grupos de teatro universitário são uma presença assegurada no evento, onde também não faltarão imobiliárias “com ofertas interessantes para quem precisar de alugar apartamentos ou de encontrar oportunidades em determinadas zonas centrais da cidade ou junto às faculdades”.
De acordo com a organização, o interesse dos alunos na venda de materiais está a ser “fantástica”. “Até ao final de agosto conseguiremos exceder o número de expositores previsto”, garantiu Minês, confiante de que o início da aventura universitária pode, efetivamente, ser uma experiência divertida e pouco dispendiosa.
Texto: Mariana Albuquerque