“Durante o referido período, os motoristas vão realizar os serviços normais que por escala lhes competem, recusando porém, a realização de trabalho extraordinário”, anunciaram as organizações representativas dos trabalhadores (ORT), em comunicado.
Esta é “a forma encontrada pelos trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) no sentido de sensibilizar uma vez mais a população do Grande Porto para a degradação propositada do serviço público que este Governo tenta a todo o custo e pelos vistos a qualquer preço”, justificam.
A STCP recorre diariamente “a dezenas de motoristas para a realização do trabalho extraordinário”, dizem as ORT, para “atenuar o incumprimento generalizado dos horários previstos, sobrecarregando os motoristas com horas excessivas de condução e de duração ilegal.
“Os motoristas da STCP realizam, não raras vezes, 14 a 16 horas diárias, pondo em causa não só a sua saúde, as suas relações familiares, mas também a segurança dos passageiros que transportam”, sustentam.
A falta de motoristas tem levado as ORT a solicitar à administração da empresa a resolução do problema, mas, segundo estas, “o Conselho de Administração refugia-se protelando esta situação e/ou tenta resolver por vias que sabe à partida não serem possíveis”.
As ORT já pediram uma reunião com caráter de urgência ao ministro da Economia, Pires de Lima, mas ainda não obtiveram resposta, e concluem dizendo que “a falta de diálogo por parte deste governo é tão grave como a falta de efetivo (motoristas) nesta empresa”.