De acordo com o responsável, tendo em conta que não existe em Portugal um centro nacional de investigação na área da oncologia, é necessário criar uma rede “que funcione com o pressuposto de integração das diferentes disciplinas que investigam e trabalham na área do cancro: clínicos, investigadores e patologistas”. Assim, a intenção será a de apostar numa divisão portuguesa da European Association for Cancer Research (EACR), que coordene e potencie o trabalho em rede, evitando a fragmentação de esforços na investigação do cancro. A investigadora do Ipatimup e representante portuguesa na EACR Leonor David desempenhará o papel de coordenadora da rede, que vai ter como representantes, por exemplo, o Hospital Santa Maria, em Lisboa, a Fundação Champalimaud e os IPO do Porto e de Lisboa.
A inclusão e a interdisciplinaridade na investigação e tratamento do cancro são, para o diretor do IPO do Porto, Laranja Pontes, os principais conceitos do projeto. “Aquilo que o professor Sobrinho Simões descobre em termos de marcadores tumorais, por exemplo, é muito importante cruzado com a história clínica dos doentes. Essa informação organizada é que é o acervo para o futuro”, defendeu.
