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Shakespeare na “programação luxuosa” do TNSJ para o primeiro trimestre de 2014

Shakespeare na “programação luxuosa” do TNSJ para o primeiro trimestre de 2014

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Os textos do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, a obra “O Filho de Mil Homens”, de Valter Hugo Mãe, e a precisão acrobática de um gangue de b-boys internacionalmente premiado (a Momentum Crew) foram algumas das inspirações utilizadas na definição da programação do TNSJ para o primeiro trimestre do próximo ano.

Em tempo de dificuldades, mas também de vitórias reconhecidas, o Teatro Nacional São João (TNSJ) preparou, para os primeiros meses do próximo ano, uma oferta que o diretor artístico Nuno Carinhas descreveu como “luxuosa”, integrando uma espécie de ciclo dedicado a William Shakespeare.
Em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, ao final da manhã, a presidente do Conselho de Administração do TNSJ, Francisca Carneiro Fernandes, destacou algumas das “conquistas” do equipamento cultural, que se foi batendo, ao longo do tempo, com uma série de dificuldades. “Há dez anos éramos uma equipa de 92 trabalhadores, tínhamos uma única sala para programar e um orçamento anual a rondar os 7 milhões de euros. Hoje somos 87, gerimos e programamos três espaços, com um orçamento que não atinge os 5 milhões”, resumiu. Assim, foi com “orgulho” que a responsável reconheceu que o equipamento cultural portuense dispõe, atualmente, de uma taxa de ocupação de sala de 74%, tendo alcançado, nos últimos três anos, um crescimento de público de cerca de 7% e contando fechar 2013 com um total de 75 mil espectadores.
tnsj_2014_3A nova temporada de espetáculos do TNSJ arrancará no dia 9 de janeiro com a peça “À Espera de Godot”, de Samuel Beckett, dirigida por Carlos Pimenta. Inspirado num “título que se tornou proverbial em qualquer parte do mundo”, o espetáculo representa, nas próprias palavras de Pimenta, “um ato de espera”, já que, na verdade, “estamos todos à espera de qualquer coisa”, nascendo de uma coprodução entre a Ensemble – Sociedade de Atores, São Luiz Teatro Municipal e TNSJ. Dias depois, entre 16 e 26 de janeiro, o Mosteiro de São Bento da Vitória receberá “Terra do Desejo”, de W. B. Yeats, com encenação de João Pedro Vaz.
Entretanto, de 22 de janeiro a 2 de fevereiro, o Teatro Carlos Alberto dará as boas-vindas a um ciclo dedicado a Shakespeare, com “Ator Imperfeito”, de Luísa Costa Gomes. Encenado por António Pires, o espetáculo recupera a “língua melíflua e melosa” do poeta e dramaturgo inglês, chegando ao público de um modo bilingue, em inglês e português. Alguns dias mais tarde, o ciclo é retomado, no TNSJ, com “Coriolano”, de Shakespeare, com encenação de Nuno Cardoso. “O [Teatro Nacional] São João foi a minha incubadora e é sempre bom voltar ao ninho”, começou por referir o responsável, descrevendo a peça como algo “singular”, assente na pergunta: “como queremos ser governados?” e que pretende funcionar como uma “reflexão sobre a democracia”. De regresso ao Teatro Carlos Alberto, Beatriz Betarda encenará, entre os dias 14 e 23 de fevereiro, a comédia romântica “Como queiram”, do mesmo poeta inglês. O espetáculo “não possui, talvez, o prestígio de Hamlet, mas antecede imediatamente o ciclo das grandes tragédias (isto é, prepara-o) e constitui uma obra vitalista quem tem na personagem de Rosalinda a mais talentosa das heroínas de Shakespeare”.
tnsj_2014_2O diretor artístico do teatro realçou ainda as estreias absolutas de “O segundo raio de luz de luar”, de António M. Rodrigues, que chegará ao Mosteiro de São Bento da Vitória no dia 12 de março; de “Al mada nada”, de Ricardo Pais, peça que mobiliza a Momentum Crew (gangue de b-boys internacionalmente premiado que surgiu no caminho do encenador em 2011, nu concurso televisivo), chegando ao TSNJ a 26 de março; do espetáculo “O filho de mil homens”, baseado no romance de Valter Hugo Mãe, com encenação de Ana Luena, cuja apresentação decorrerá de 20 a 30 de março no Carlos Alberto, e ainda das peças “Paus e pétalas”, dirigida por André Braga e Cláudia Figueiredo, e “Até comprava o teu amor (mas não sei em que moeda se faz esta transação”, com texto e direção de Joana Craveiro.

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