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Serralves apela ao Estado para que mantenha apoios

Serralves apela ao Estado para que mantenha apoios
O presidente da Fundação de Serralves apelou, segunda-feira, ao Estado para que mantenha os seus apoios e permita que aquela instituição “de referência” continue acessível a todos, com uma oferta cultural alargada, e celebre “condignamente os seus 25 anos”.

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“Faço um último apelo especial dirigido ao Estado, para que seja possível manter uma instituição de referência acessível a todas as pessoas, com uma oferta cultural alargada”, refere Luís Braga da Cruz no Relatório e Contas de 2013 da Fundação de Serralves, hoje publicado, e que antecede “uma nova fase da Fundação” que este ano quer “celebrar condignamente os seus 25 anos de existência”. No documento, Braga da Cruz começa por recordar o “significativo abalo com um corte de 30% no apoio do Estado”, considerando que as “contingências económicas” que afetaram o panorama português “tiveram o seu reflexo na programação em 2013” de Serralves, que, apesar disso, conseguiu garantir a “coerência” do mesmo “sem quebra de qualidade”.
De acordo com o relatório, no ano passado, a Fundação “conseguiu manter uma evolução genericamente positiva”, tendo “as medidas de contenção de custos”, para além do “esforço em termos de fundraising” e uma “melhoria dos sistemas de gestão” permitido assegurar a sua “sustentabilidade financeira”.
Perante o corte de 30% no apoio do Estado, a fundação preocupou-se em “conciliar uma variação patrimonial positiva com um nível de atividade que não pusesse em causa o cumprimento” da sua missão, tenso sido possível “reduzir os custos totais em cerca de 1,2 milhões de euros”, o que corresponde a menos 13% que em 2012, adianta.
Já os proveitos totais fixaram-se em cerca de oito milhões de euros, “o que representa uma redução de 13%, equivalente a aproximadamente 1,2 milhões de euros face a 2012, justificada pela redução do Subsídio do Estado”, refere o documento.
“De salientar que o grau de dependência do Estado se reduziu para 36,1% dos proveitos totais, resultando evidente o elevado esforço da Fundação de geração e angariação de fundos, para a sustentabilidade e viabilidade institucional”, acrescenta o documento publicado em edital pago no Diário de Notícias.
Ainda segundo o relatório, do ponto de vista da exploração, o exercício de 2013 encerrou com um resultado líquido positivo de 77,6 mil euros, verificando-se a nível patrimonial um ativo total de 66,9 milhões de euros, mais 1,2 milhões do que em 2012.
Já o passivo total fixou-se em 4,1 milhões de euros, “mantendo-se ao nível do passivo de 2012”, verificando-se a “manutenção da autonomia financeira da Fundação, com os Capitais Próprios a financiarem o Ativo Total em 94%”.
“Temos projetos, pessoas e ambição e, com o apoio de todos os fundadores, nesta grande diversidade que inclui o Estado e as autarquias, os parceiros sociais, as empresas e pessoas em nome individual, julgo que encontraremos os meios necessários para prosseguir gerindo com rigor – como é nosso apanágio – com esperança, com dedicação, com sustentabilidade e respeito pela criação artística e pelos criadores (…) com vontade de atingir novos públicos, abolindo as barreiras económicas e sociais que ainda persistem”, destacou, ainda, Braga da Cruz.

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