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Semana das Camélias

Semana das Camélias
Homenagear a flor “rainha” da cidade do Porto

É considerada por muitos a “rainha das flores” e pode ser encontrada em vários jardins do Porto, cidade com a qual mantém uma estreita ligação. Originária do sudeste asiático, a camélia vai voltar a estar no centro das atenções dos portuenses na 20.ª edição de uma mostra centrada unicamente na história e nas características desta flor, igualmente conhecida como japoneira. O Mosteiro de S. Bento da Vitória (MSBV) vai acolher, já este fim de semana, a Exposição de Camélias do Porto, que marcará o arranque de um conjunto de iniciativas que se prolongam até ao dia 14 de março.

Sabia que foi a partir do Porto que a camélia partiu à conquista de todo o norte de Portugal e também da Galiza? Entre as quase quatro centenas de espécies de camélias exclusivamente lusas, há mesmo uma que, florindo no mês de março, se dá pelo nome de “Cidade do Porto”. A ligação da Invicta à japoneira, classificada como “património natural e cultural da cidade”, tem sido celebrada anualmente, através da organização de uma exposição que, este ano, traz novidades. Pela primeira vez, o certame ocupará os claustros do MSBV, sendo o “ponto de partida de um intenso programa de ações” realizadas em diversos locais. “O objetivo é convidar todos os que vivem ou visitam a cidade por esta altura a conhecerem mais de perto esta flor”, explicou a autarquia local, responsável pela organização do evento, em parceria com a Associação Portuguesa das Camélias, acrescentando que, na ocasião, será inaugurada a nova marca e identidade “Porto. Cidade das Camélias”, da autoria da STILL urban design.

camelias2A mostra, de entrada livre, vai ser inaugurada este sábado, às 14h30, acolhendo não só o concurso que elege a Melhor Camélia e a Melhor Camélia de Origem Portuguesa, mas também “o tradicional mercado da camélia, uma exposição de trabalhos escolares subordinada aos 150 anos do Palácio de Cristal, workshops que ensinam a identificar e cultivar camélias” e oficinas “onde as crianças podem aprender a desenhar, recortar, pintar e até a personalizar postais com as diferentes formas das camélias”.

As tardes de sábado e domingo ficarão reservadas ao teatro de sombras chinesas (na sala do Tribunal do Mosteiro), que desvendará a chegada das japoneiras ao Porto, pela artista plástica Beniko Tanaka. Mas o programa da mostra não se esgota aqui: dentro e fora do mosteiro haverá também performances de dança, espetáculos de novo circo, horas do conto, teatro de marionetas, leituras encenadas e concertos, “sempre com a camélia como pano de fundo”. No domingo, às 21h30, a renovada Igreja dos Clérigos vai acolher uma missa de homenagem aos padres José d’Almeida, Manoel Silvestre e António Cardoso dos Santos, “criadores de algumas das mais belas camélias portuenses em meados do século XIX”.

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Mais de 30 atividades na “Semana das Camélias”

Para assinalar o seu vigésimo aniversário, a mostra vai alargar-se a todo o Porto, com mais de três dezenas de iniciativas de participação gratuita e pensadas para públicos de diferentes idades. Na segunda-feira (9 de março), a Casa do Infante será visitada, entre as 14h30 e as 16h00, por grupos de cidadãos interessados em saber um pouco mais sobre a japoneira. Em simultâneo (das 15h00 às 16h30), haverá uma visita guiada à coleção de camélias do Parque da Cidade. No dia seguinte, das 15h00 às 17h00, o jornalista e cronista Germano Silva orientará um passeio pela “Cidade das Camélias”, num percurso com paragem obrigatória em locais como o Jardim Botânico, a Quinta dos Burmesteres e o Palácio de Cristal.

camelias3A manhã de quarta-feira (11 de março) ficará reservada à oficina “Camélia a 3 cores”, na qual será possível desenhar com os artistas José Rodrigues e Ângelo de Sousa (na Fundação Escultor José Rodrigues). À tarde, entre as 15h00 e as 17h00, o Museu Nacional Soares dos Reis convida os portuenses a visitarem o seu jardim de japoneiras, desvendando uma mostra museográfica com peças de arte decorativa alusivas ao consumo de chá e pinturas. Em destaque no programa está igualmente uma visita ao antigo Horto das Virtudes (na quinta-feira, dia 12), onde o escritor Mário Cláudio recordará a história de José Marques Loureiro, famoso horticultor e colecionador de camélias, agraciado pela família Real e pelo Porto. Uma hora depois, o Instituto do Vinho do Douro e Porto será palco da tertúlia “Em torno das Camélias com um Porto”, com António Filipe, Eduarda Paz, Francisco Laranjo e Alberto Allen.

E no sábado, pela manhã, será possível passear pelo Parque de Serralves e apreciar as quase 600 camélias – algumas centenárias – que integram o seu património arbóreo-arbustivo, seguindo-se, à tarde, uma visita guiada ao Jardim Botânico do Porto, espaço que também abriga uma notável coleção de japoneiras. A encerrar a programação, o Varandim da Torre dos Clérigos receberá o espetáculo de ópera “La Traviata de Verdi”, baseado no romance “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, numa readaptação assinada pela Ópera de Bolso.

Texto: Mariana Albuquerque

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