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“Se tivesse 10 anos agora de certeza que não ia ser arquiteto”, diz Siza Vieira

“Se tivesse 10 anos agora de certeza que não ia ser arquiteto”, diz Siza Vieira
À margem da inauguração da exposição “Porto Poetic”, na Galeria Municipal Almeida Garrett, Álvaro Siza Vieira afirmou que, se voltasse a ter dez anos, “de certeza que não iria ser arquiteto”.

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Álvaro Siza Vieira, o primeiro português galargoado com o prémio Pritzker, afirmou que, se recuasse no tempo e voltasse a ter “10 ou 15 anos, de certeza que não iria ser arquiteto”, devido à difícil conjuntura que o país atravessa. “Por razões conhecidas, há crise económica, há crise na construção, há crise na arquitetura, embora que os novos tenham energia e estejam, muitos deles, a tentar emigrar e procurar trabalho onde haja”, afirmou, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita guiada à exposição “Porto Poetic”, que assinalou, ontem, a reabertura da Galeria Municipal Almeida Garrett. Para o arquiteto, a saída de pessoas formadas e “com muita qualidade” pode ser “um aspeto triste e mau para o país”, mas também pode ser uma forma de enriquecer as “fontes de conhecimento”. Apesar de preferir não dar conselhos a ninguém, uma vez que “cada um sabe do prazer que tem no seu trabalho”, Siza Veira recordou um episódio recente em que viajou num táxi com um motorista formado em arquitetura. “É grave e muito triste, mas, por outro lado, é sinal de uma coisa a que não podemos escapar, que é a mobilidade. Hoje já é raro a pessoa ter um emprego que é para a vida, significa mobilidade e dinamismo. Provavelmente, esse arquiteto-motorista não vai ficar toda a vida como motorista”, referiu.

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