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São Pedro da Cova quer esclarecimento sobre futuro do local das antigas minas

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O processo de remoção dos resíduos depositados em São Pedro da Cova deverá ficar concluído no final deste mês.

O presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Daniel Vieira, informou esta segunda-feira ter solicitado uma reunião ao Ministério do Ambiente para esclarecer quantas toneladas de resíduos perigosos estão a ser removidas de Gondomar e qual o “futuro imediato” do local. Segundo explicou o responsável, o pedido foi feito com “caráter urgente” porque “o processo de remoção está na fase final” e “não se pode correr o risco de que corra mal”.
De recordar que em causa está a remoção de milhares de toneladas de resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional e depositados naquela freguesia entre maio de 2001 e março de 2002. Ao longo dos anos, foi avançado que existiriam 88 mil toneladas de resíduos. Ainda assim, o caderno de encargos do concurso público feito com vista ao processo de remoção – num investimento superior a 13 milhões de euros, 85% provenientes de fundos europeus – aponta para a existência de 105.600 toneladas. Dados da CCDR-N, entidade que está a monitorizar o processo, indicavam que o processo de remoção deveria terminar no final deste mês.
Entretanto, Daniel Vieira sublinhou que, durante uma visita efetuada a 13 de março ao Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) na Chamusca, local para onde estão a ser encaminhados os resíduos de São Pedro da Cova, foi-lhe comunicado que já teriam lá chegado “cerca de 100.000 toneladas”. “A primeira questão que colocamos prende-se com a quantidade de resíduos que vão ser retirados. Várias vezes temos ouvido dizer que o contrato vai ser cumprido e, portanto, são cerca de 105.000 toneladas de resíduos, mas não basta dizer que se cumpre o contrato. O processo tem tudo para ter um final feliz, mas há questões que têm de ser esclarecidas”, defendeu.
O autarca pretende, assim, propôr ao Ministério do Ambiente que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) fique responsável “pela confirmação da quantidade de resíduos e pelo andamento do processo de remoção”. O presidente da União das Freguesias frisou ainda que, depois da retirada no estaleiro de obras, ficará “um enorme buraco” no local. “Não chega colocar lá as terras limpas. É necessária uma solução urgente, independentemente das candidaturas comunitárias de que se falam”, acrescentou, referindo-se ao projeto que diz respeito ao “Pulmão Verde” da Área Metropolitana do Porto, pensado pelas câmaras de Valongo, Gondomar e Paredes.

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