
Depois de lançar a aplicação “My São João”, que permite o rastreamento de informação sobre a evolução médica de um utente na urgência, e de testar a pulseira “Alerta São João”, com o objetivo de prevenir a fuga de doentes, o Hospital de São João prepara-se, agora, para alargar o serviço aos internamentos programados.
O objetivo, segundo informações avançadas por Maria João Campos, diretora do Serviço de Sistemas e Tecnologias de Informação e Comunicação da unidade hospitalar, é permitir que o acompanhante do doente que ficará internado na sequência de uma cirurgia programada possa acompanhar toda a evolução do estado clínico.
“Aquilo que estamos a desenhar, do ponto de vista técnico, é que assim que é chamado, ainda em casa, o doente já possa escolher, serenamente, quem vai ser o seu acompanhante”, afirmou, em entrevista ao Jornal de Notícias.
Admitindo que o utente poderá escolher um ou mais acompanhantes, no caso de “famílias numerosas”, a responsável adianta que o projeto piloto está a ser desenhado no serviço de Ortopedia e que deverá começar a ser testado dentro de uma quinzena.
“O que está a ser desenhado é que, durante o internamento, o acompanhante é informado do local físico onde se encontra o doente: qual o serviço clínico físico, qual a cama – incluindo as possíveis mudanças de cama -, a ida e entrada no bloco operatório, saída para o recobro e regresso ao serviço clínico”, detalhou Maria João Campos.
Os acompanhantes terão assim acesso ao “processo do familiar ou amigo” através de uma mensagem automática enviada pelo hospital para o número de telemóvel indicado pelo doente, que será o responsável por decidir “quem vai receber os avisos”.
De futuro, o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) poderá alargar este serviço a todo o hospital, incluindo também os casos de cirurgias em ambulatório.