Inaugurada há um ano, numa antiga fábrica de Santo Tirso, a IMOD – Incubadora de Moda e Design serve de “casa” a projetos de jovens que pretendem impulsionar o “renascimento” do têxtil, área de reconhecida importância na região. No arranque da iniciativa, a 19 de dezembro de 2013, a designer internacional Agatha Ruiz de la Prada sublinhou que Portugal poderia, “em breve, atingir uma nova época dourada no têxtil através do design e da moda”. Hoje, para o diretor da infraestrutura, Nuno Prata, a “missão” está a ser bem sucedida.
O espaço recebeu 55 candidaturas e conta, neste momento, com seis projetos instalados e três locais vagos para ideias complementares ou diferenciadoras. A atribuição destes módulos ainda não está definida. O ateliê CTRL, por exemplo, junta criativos ligados à música, à fotografia, ao marketing e ao design para a produção de coleções “concetuais”. Tal como descreveu Horácio Vilela, do ateliê, “cada peça é baseada num manifesto escrito, criando-se não apenas roupa, mas uma experiência”. “A ideia não é fazer apenas uma peça de consumo, mas sim uma peça com uma história”, acrescentou, frisando que as vendas são feitas sobretudo a nível internacional. Na IMOD está também a designer gráfica Márcia Nazareth, que desafia os consumidores a “vestirem fotografias”, conceito que também pode ser já encontrado em espaços como Serralves e Casa da Música. A primeira “Nazareth Collection” surgiu em maio de 2013, inspirada nas janelas da Ribeira, na arte urbana e noutras especificidades do Porto. Das cerca de 800 fotografias produzidas, Márcia passou 16 para t-shirts através da técnica de sublimação. Em 2014 nasceram mais dois trabalhos: “Fado”, com imagens de Lisboa, Coimbra e Porto, e “Lx”, com pormenores da capital lusa.
De referir que a Incubadora de Moda e Design conta com um laboratório que permite passar uma ideia para um protótipo. No futuro poderão surgir dois novos: estampagem tradicional e ferramentas de desenho/modelação.
