A Ryanair quer abrir um novo centro de treinos para pilotos e tripulantes de cabine na Península Ibérica e admitiu que o Porto é uma das hipóteses em consideração, adiantou o presidente executivo, Michael O`Leary: a empresa está interessada “em abrir um centro de treinos na Ibéria. […] Seria muito bom para nós ter um centro de treinos [na Península Ibérica], mas estamos a falar no Porto, não em Lisboa”.
O responsável falava aos jornalistas, nas instalações da Ryanair, em Dublin, onde aproveitou também para dizer que o Porto é uma hipótese que está em cima da mesa pela operação expressiva que a companhia tem no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
A localização ainda não está decidida, mas a decisão deverá ser anunciada ainda este ano.
Para o ano corrente, as previsões da Ryanair apontam para 165 milhões de passageiros transportados, caso a conjuntura devido à guerra não se agrave, o que representa uma subida de 15% em relação ao período anterior à pandemia.
Michael O`Leary frisou a “recuperação muito forte este verão”, justificando-a com a decisão de não despedir trabalhadores durante a pandemia, tendo, ao invés, negociado com os sindicatos cortes salariais até 2024, o que, deixou a companhia irlandesa preparada para a retoma, ao contrário de outras companhias aéreas que fizeram despedimentos.
No que toca à inflação e a perda de poder de compra dos consumidores, o responsável admitiu acreditar que a Ryanair irá absorver passageiros de outras companhias, por praticar preços mais baixos.
“Até que o custo de vida e os preços de energia estabilizem, penso que as pessoas vão estar nervosas, mas acredito que haverá uma transferência de passageiros de outras companhias para a Ryanair”, afirmou, garantindo que “os passageiros vão sempre ter dinheiro para viajar” na sua companhia.
