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“Rumo à Vida”

“Rumo à Vida”
Pais e técnicos juntam-se para ajudar pessoas com deficiência

É uma associação formada por pais e técnicos que pretendem dar um novo rumo a jovens e adultos com deficiência ou em situação de risco, ajudando-os a serem mais autónomos e a estarem incluídos na vida social. A “Rumo à Vida” nasceu em 2007, pela mão dos responsáveis do Colégio Novos Rumos, mas, por falta de meios económicos, não conseguiu erguer o seu projeto. Agora com um novo fôlego, a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) começou, recentemente, a escrever um novo momento da sua história, apresentando-se oficialmente à comunidade. Ainda sem instalações, a entidade vai contar com o apoio da autarquia matosinhense na tarefa de encontrar uma sede para desenvolver o seu trabalho.

“A associação surgiu com o intuito de apoiar jovens sem retaguarda familiar (em risco), contudo, não obtivemos apoio financeiro que nos permitisse concretizar esse projeto”, contou Sara Nascimento, psicóloga da “Rumo à Vida”. A oportunidade de relançar a instituição desenhou-se em 2012, quando um grupo de pais decidiu lutar pela criação de um organismo destinado a apoiar os seus filhos numa situação pós-escolar. “A Direção do Colégio foi contactada e fundiram-se duas vontades, prevalecendo o desejo de apoiar jovens com deficiências em idade pós-escolar”, explicou. Assim, depois da alteração dos estatutos pela Segurança Social, a “Rumo à Vida” reapareceu, agora “com um projeto mais abrangente”.

Ajudar jovens e adultos com deficiência no seu desenvolvimento, autonomia e inclusão, promover o equilíbrio das famílias, sensibilizar e co-responsabilizar a sociedade e o estado e promover atividades terapêuticas, culturais, recreativas, desportivas, de lazer e tempos livres são as metas da IPSS. “Move-nos a vontade de proporcionar a estes jovens um futuro onde se sintam incluídos, respeitados e onde contribuam de forma ativa, sentindo a utilidade e o produto da sua participação”, referiu a psicóloga. Por isso, a associação sem fins lucrativos pretende criar equipamentos e serviços que promovam a manutenção e promoção de habilidades e competências adquiridas.

rumo_3Abrir centro de atividades de autonomização é o objetivo imediato

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Num primeiro momento, a “Rumo à Vida” quer abrir um centro de atividades de autonomização, com espaços que permitam a implementação de uma quinta pedagógica sustentável – com estufas e exploração animal – que produza bens e preste serviços quer para consumo próprio, quer para venda. Para além disso, avançou Sara Nascimento, pretende-se que o espaço inclua uma lavandaria e cozinha pedagógica, costura/tecelagem, sapateiro e artesanato, de forma a estimular o desenvolvimento de competências nos utentes. “A longo prazo, gostaríamos de desenvolver um lar especializado para jovens/adultos com deficiência e com um grau satisfatório de autonomia e competências laborais, pois temos conhecimento de que esta tipologia é a menos apoiada”, realçou a responsável.

Na tarefa de encontrar o local certo tanto para o centro de atividades como para o lar, a entidade está a contar com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, concelho que a psicóloga considera muito voltado para a ação social. “O nosso apelo a Guilherme Pinto [presidente da autarquia local] é o de nos ajudar a encontrar o espaço mais adequado para o funcionamento da “Rumo à Vida” e, a longo prazo, um outro sítio para o lar especializado. O presidente é um visionário e uma pessoa muito atenta à sua comunidade e às necessidades da sua população”, considerou.

rumo_2À procura de parcerias

Apesar de ainda não estar efetivamente em funcionamento – pela ausência de uma estrutura física – a “Rumo à Vida” tem sido contactada por pessoas interessadas em participar na iniciativa. “Como é uma associação constituída por pais e técnicos, conhecedores da realidade do estado de desenvolvimento físico, psicológico, emocional dos nossos utentes e da falta de instituições adequadas à sua progressão, este projeto é imprescindível para continuar a promoção da educação, formação, desenvolvimento social e integração na sociedade”, frisou  psicóloga. Desta forma, o estabelecimento de parcerias com entidades da sociedade civil e rede social é, para a responsável, um dos aspetos fundamentais para a sustentabilidade do organismo e para ser possível arrancar cada vez mais sorrisos aos jovens com necessidades especiais.

Texto: Mariana Albuquerque  |   Fotos: “Rumo à Vida”

Contactos “Rumo à Vida”:
https://sites.google.com/site/rumoavida
[email protected]
https://www.facebook.com/RumoAVida

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