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Rui Rio defende o fortalecimento do poder político

Rui Rio defende o fortalecimento do poder político

“Temos, atualmente em Portugal, partidos políticos desacreditados e incoerentes na sua ação, e um fortíssimo enfraquecimento da qualidade dos agentes políticos, a par de uma crescente incapacidade política para resolver os problemas que se nos deparam. Temos um poder político, no seu todo, mais fraco e desacreditado”, alertou.
Em sua opinião, o primeiro problema para resolver “é justamente o poder político fraco” existente, sendo necessário fortalecê-lo. “Temos uma crescente hipocrisia no discurso político. (…) Eu não quero puxar as coisas à conjuntura, mas chega-se ao ponto de haver em Portugal uma lei, que a gente lê, está lá claro e há quem diga que não é bem assim, é parecido. Até uma lei escrita, direitinha e clara permite interpretações não sei como, em nome de interesses de caráter meramente conjuntural”, disse, numa alusão implícita à lei da limitação dos mandatos. Para o autarca, “um poder político fraco tem fraca capacidade de dizer não”, sublinhando a necessidade de haver “um poder político que tenha credibilidade”, o que tem de ser feito num “consenso nacional, particularmente entre os dois principais partidos – e não só, entre todos aqueles que quiserem colaborar – e com a sociedade”, declarou, considerando que são as “muitas pequenas reformas que no seu conjunto podem dar uma revitalização do regime”.
Para Rui Rio, há cinco regras que devem ser respeitadas nesta reforma: “tudo o que se faça tem de ter como pano de fundo que é necessário prestigiar a política, as medidas que venham a ser tomadas têm de garantir mais governabilidade, é preciso reformar a sério a justiça, a comunicação social deve ser mais responsabilizada e é necessário definir o papel do Estado”.
Também presente no debate esteve a presidente do PS, Maria de Belém Roseira, que defendeu que o país deve evoluir “de um Estado social para um Estado de direito democrático”, este último que “concilie um Estado Social com a necessidade de respeitar a necessidade de autonomia das pessoas”. A deputada socialista afirmou que o mais importante é que “o Estado se concentre nos domínios da intervenção capazes de gerar crescimento”, como a educação, saúde, investigação e segurança social.
“O importante num Estado Social é contribuir para um crescimento equitativo para todos os cidadãos” defendeu, salientando ainda que isso não é o que está a acontecer, pois “as pessoas com menores rendimentos são automaticamente excluídas do que é fundamental para mudar a sua condição”.

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