“Quando sair da Câmara, o que é natural é procurar voltar à minha atividade profissional de uma forma adequada à minha idade e experiência e não, naturalmente, ao que faz um economista com quase 40 anos, que foi quando deixei de exercer diretamente a profissão”, afirmou, na cerimónia da inauguração da estátua “Amores de Camilo”, no Largo do Amor de Perdição.
Questionado pelos jornalistas em relação ao seu eventual sucessor, Rui Rio remeteu os seus comentários para mais tarde, alegando que “ainda falta muito, muito tempo para as eleições”. “Talvez um dia fale sobre isso, mas, para já, ainda não”, referiu. Durante as comemorações, o presidente da autarquia recordou ainda dois aniversários com um especial significado: aquele em que foi demolido o último bloco do bairro de São João de Deus e o do ano passado, com a demolição de uma das torres do bairro do Aleixo.
Ao longo dos seus mandatos, Rui Rio afirmou ter tido dois tipos de obras: “de caráter material – a que se vê mais, mas a que se sente menos”, nomeadamente a reabilitação dos bairros sociais e escolas, a reabilitação da Baixa, a mobilidade e a promoção da cidade e do turismo; e “a obra de caráter imaterial”. O autarca social-democrata aproveitou ainda para destacar a importância do rigor financeiro no serviço prestado aos munícipes. “O rigor financeiro acaba por ser uma forma de política social. Basta ver o estado miserável em que o país se encontra. Se tivesse havido rigor financeiro no país e em muitas Câmaras, não haveria tanta gente a sofrer”, concluiu.
