Rui Rio defendeu esta quinta-feira que Portugal deve “deixar a troika” com um programa cautelar, uma vez que precisa de “rede” para não se transformar num “barquinho a remos à deriva no oceano”. “Devíamos sair com rede e não sem rede, embora politicamente o discurso seja mais difícil de fazer”, apontou o social-democrata e ex-autarca portuense, na conferência “Iniciativa privada – A economia, as empresas e o sistema fiscal”.
De acordo com o economista, “do ponto de vista eleitoral, é mais simples falar numa saída à irlandesa ou numa saída limpa”. Ainda assim – sublinhou – “um país pequeno e financeiramente fragilizado” não deve ser “atirado sozinho” aos mercados e às agências de rating. Rio defendeu, assim, a possibilidade de ser negociada “uma linha de crédito” à qual o país se possa “agarrar”. “Naturalmente que é muito mais seguro”, apontou.
