“É uma realidade que todos estamos conscientes que pode acontecer e que temos de nos preparar da melhor maneira. No caso do município do Porto, numa intervenção direta na área social, é a esta fundação [para o Desenvolvimento Social do Porto (FDSP)] a quem compete fazer isso”, sublinhou, hoje, o autarca. Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de reforço do papel da “Porto Social”, o social-democrata garantiu não ter “a mínima dúvida” de que a função daquela entidade terá de ser reforçada no caso de a situação social se degradar. “Não tenho a mínima dúvida de que é verdade. Se a situação social se degradar ainda mais do que aquilo que está, por força da situação económica, esta fundação, no que ao Porto diz respeito, terá evidentemente um papel. Se já hoje tem um papel, esse papel pode ter de ser reforçado”, realçou, à margem da apresentação do projeto de intervenção social “Golfe para Todos”.
Sendo assim, o presidente da autarquia admitiu estar preocupado “com uma lei que não conseguiu perceber a realidade”. “Toda a intervenção social da Câmara do Porto é feita através da FDSP. Não vejo qual a lógica de acabar com a intervenção social municipal particularmente na situação que hoje vivemos”, aponta. Numa tentativa de contrariar a extinção, a câmara aprovou, a 23 de outubro, a proposta de um contrato-programa que prevê pagar três milhões de euros à FDSP, assegurando a sua manutenção até dezembro de 2014.
Quinta-feira 29 Novembro, 2012