A candidatura de Rui Moreira remeteu o caso das gaivotas no Porto para o “problema geral da limpeza e saúde pública da cidade”. “Enquadramos a questão das gaivotas no âmbito do problema geral da limpeza e saúde pública da cidade. É nossa intenção, não apenas por causa das gaivotas, que as zonas mais sujeitas à deposição de detritos durante a noite – como é o caso das zonas da movida – sejam limpas com outra eficácia durante a madrugada”, indicou o independente, prometendo, ainda, “aumentar o número de peças de mobiliário urbano”, designadamente, pequenos depósitos de lixo, que “escasseiam em algumas zonas da cidade”.
“Caso se verifique que o fenómeno da proliferação de gaivotas tem algumas origens naturais poderão ser estudadas medidas adicionais”.
O candidato do Bloco de Esquerda (BE), José Soeiro, referiu que a recolha do lixo e a limpeza das ruas do Porto deve ser melhorada “para combater o aumento das gaivotas na cidade com a vaga de calor”. José Soeiro refere, no entanto, que é da competência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N) verificar os perigos para a saúde pública e que a autarquia deve exigir junto dessa entidade que se assuma a responsabilidade sobre o caso.
O candidato do PS à Câmara do Porto acusou, na quinta-feira, a Câmara do Porto de ser a principal responsável pela abundância de gaivotas na cidade por causa da sujidade e “falência” da política de resíduos sólidos. As gaivotas “são em larga medida a demonstração da falência da política de resíduos sólidos da Câmara Municipal do Porto”, constatou Manuel Pizarro, argumentando que uma das principais razões para haver muitas gaivotas hoje no Porto tem a ver com o facto de a “cidade estar suja”. “A principal medida para combater a proliferação de gaivotas na cidade é tratar a limpeza urbana de forma mais séria e mais adequada”, declarou, defendendo que o futuro passa por “uma política de resíduos sólidos que promova a reutilização de uma grande parte dos resíduos e que promova uma limpeza mais eficaz da cidade”.
