
A Câmara Municipal do Porto anunciou uma medida decisiva para a preservação do Centro Comercial STOP, ressaltando o seu valor cultural como um elemento de destaque para a cidade.
O processo de classificação do espaço como um imóvel de interesse municipal já está em andamento, destacando a importância deste local emblemático.
Durante as deliberações, Rui Moreira enfatizou os esforços da autarquia para intervir em centros comerciais abandonados, porém, deparou-se com a resistência dos músicos locais em relação a qualquer tipo de intervenção.
Originalmente uma garagem transformada em centro comercial nos anos 70, o STOP tornou-se um ponto de referência sociocultural na cidade, especialmente na década de 90, quando se tornou um viveiro para músicos locais, abrigando inúmeras lojas que serviam como espaços de ensaio.
Além do reconhecimento da autarquia, a necessidade de preservação do STOP como uma ‘memória em construção’ foi destacada, sendo sublinhada a sua relevância não apenas como um espaço comercial, mas como um símbolo da identidade e criatividade da cidade.
A proposta de classificação foi amplamente apoiada durante a reunião do Executivo, baseando-se na singularidade do CCSTOP e do seu papel como um hub criativo para músicos locais, refletindo uma simbiose entre a sua arquitetura distintiva e a vibrante cena musical que o caracteriza.
Destacando a interconexão entre a arquitetura única do CCSTOP e a comunidade criativa de músicos, a proposta evoca o conceito de ‘cidade líquida’, sugerindo uma transformação do consumismo alienante para uma cultura de criatividade e identidade, representando um projeto em constante evolução rumo à modernidade.