O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, apelou esta segunda-feira aos empresários, comerciantes e banqueiros da cidade para que apoiem as instituições de solidariedade social. O autarca, que falava durante um jantar-debate dedicado ao tema “O Porto que queremos”, organizado pela Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial (APGEI), estabeleceu como “primeira prioridade aqueles que mais precisam”.
“E para isso nós vamos precisar da rede social, mas também vamos precisar das senhoras e dos senhores que aqui estão. Nós vamos precisar que as pessoas de negócios, os empresários, os comerciantes do Porto – que são, afinal, a nova burguesia da cidade – não acreditem que este problema possa ser resolvido apenas por recurso aos instrumentos tradicionais do Estado social”, defendeu. Além disso, dirigiu-se à plateia presente explicando que precisa que “a experiência” existente na gestão das empresas “seja posta ao serviço das IPSS porque muitas vezes o maior fator que elas têm é incapacidade de gerirem os seus destinos”. “Uma dificuldade muito grande de identificarem os seus territórios tradicionais e confundirem muitas vezes aquilo que sabem fazer com aquilo que gostariam de fazer, muitas vezes com a tentativa generosa de atrair mais fundos. Precisamos do vosso auxílio”, apelou.
O novo autarca portuense falou ainda da aposta na cultura e na coesão social, revelando querer “fazer do Porto uma cidade que seja competente a fazer aquilo que pode fazer”. “Nós não temos condições para ser capital de coisa nenhuma e, em rigor, nós somos uma cidade anti-capital. Não contra a capital mas anti-capital”, enfatizou. A eventual fusão entre Porto, Gaia e Matosinhos, proposta sobre a qual o autarca se manifestou totalmente contra, foi outro dos temas abordados no encontro.
