O título inspira-se num excerto do segundo ato de Hamlet, quando o príncipe da Dinamarca lamenta: “Oh, what a rogue and peasant slave am I!” Já o corpus romanesco, a partir do qual se tece o texto do dramaturgo Rui Pina Coelho, vem do pós-Segunda Guerra Mundial britânico até à contemporaneidade e centra-se num tipo de herói geralmente conhecido por “rogue”.
Inspirando-se na personagem literária “rogue”, do universo shakespeariano, referindo-se a alguém pertencente a uma classe de vagabundos, normalmente descrito como um marginal, desonesto e sem princípios, “What a rogue am I!” cria um discurso para um casal evocativo de parelhas, como as de Bonnie e Clyde ou Mickey e Mallory, que atravessa a história da Europa da segunda metade do século XX, desembocando num cada vez mais confuso século XXI.
Esse casal de “rogues” contemporâneos são uma atriz (Ana Brandão) e um videasta (Cláudio da Silva), que decidem ir viver para o campo, numa capoeira-horta. Ali projetam filmes num lençol branco dependurado num estendal e roubam eletricidade para alimentarem a bateria dos seus computadores.
“What a rogue am I!” será apresentado na sexta-feira às 21h30 e no sábado, às 19h.
Quarta-feira 16 Novembro, 2016
Rivoli recebe estreia de peça do TEP
O Teatro Experimental do Porto apresenta, em estreia absoluta, esta sexta-feira e sábado, no Grande Auditório Manoel de Oliveira do Teatro Rivoli, “What a rogue am I!”.