O autarca foi à comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local para esclarecer os deputados sobre questões relativas à Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Porto Vivo e pediu ajuda para recuperar os 2,4 milhões de euros que o Estado deve à SRU.
“Na leitura que eu faço, o problema relativamente às dificuldades que têm sido criadas à SRU e à reabilitação urbana estão mais nas Finanças e menos no ministério da ministra Assunção Cristas”, referiu, defendendo existir “excesso de burocracia e alguma falta de conhecimento da realidade”. “Eu estou convencido de que, se à escala política se entender perfeitamente do que estamos a falar, agradecem-nos e incentivam-nos, porque é do que o país precisa. O país precisa de criar emprego, precisa de crescimento económico e de investimento”, sublinhou.
Aliás, para o autarca, a falta de entendimento relativa à SRU não é exclusiva do atual Governo, “porque, desde os ministros das obras públicas do Governo de Durão Barroso, Carmona Rodrigues e Valente de Oliveira, nenhum percebeu o impacto da reabilitação urbana”. Ainda assim, sustentou Rio, nos nossos dias, “está a ser mais difícil”. “Nunca se chegou a dois anos de dívida, como agora. Havia um ano de dívida”, relembrou.
“Tem de haver investimento público que alavanque o investimento privado e aquilo que aqui foi dito é que por cada euro que se investiu em média na reabilitação urbana na baixa do Porto houve nove euros de investimento privado. (…) Quando nós temos investimento público tão pequeno, mas que, ainda por cima, tem um efeito de alavancagem tão grande, eu acho que o país, com a taxa de desemprego que tem, com a economia a decrescer, não pode desperdiçar investimentos destes e portanto não consigo entender as dificuldades que se colocam a algo que o país está a precisar como de pão para a boca”, realçou o autarca.
