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Restaurantes preparam-se para (re)abrir portas

Restaurantes preparam-se para (re)abrir portas

Depois de quase dois meses encerrados, os restaurantes portugueses preparam-se para abrir portas já na próxima segunda-feira, dia 18 de maio, sob um conjunto de medidas específicas, definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), e que permitirão tanto a clientes como funcionários sentirem-se o mais seguros possível, naquela que é a nova normalidade que, pouco a pouco, o país começa a viver.

Entre as principais medidas estão a redução da capacidade máxima dos estabelecimentos (interior, incluindo balcão, e esplanada), de forma a assegurar o distanciamento físico recomendado de 2 metros entre as pessoas e garantir, exceto os membros da mesma família, que podem sentar-se frente a frente, ou lado a lado, a uma distância inferior. A capacidade máxima do estabelecimento deverá “estar afixada em documento próprio, visível para o público”.

Além disso, segundo a DGS, deve também ser privilegiada, sempre que possível, a utilização de espaços destinados aos clientes em áreas exteriores, como as esplanadas, e o serviço take-away. É também recomendado o “agendamento prévio para reserva de lugares por parte dos clientes”, de modo a evitar o ajuntamento de pessoas na entrada do estabelecimento. “Os lugares em pé, pela dificuldade de garantir a distância entre as pessoas, estão desaconselhados, assim como as operações do tipo self-service, nomeadamente buffets e dispensadores de alimentos que impliquem contacto por parte do cliente” e é obrigatória a disponibilização de dispensadores de solução à base de álcool localizados perto da entrada do estabelecimento e noutros locais convenientes.

Os proprietários dos restaurantes devem também garantir que as instalações sanitárias, tanto de clientes como de colaboradores, possibilitam a lavagem das mãos com água e sabão e a secagem das mãos com toalhas de papel de uso único e reforçar os protocolos de limpeza e desinfeção. De acordo com o documento emitido, devem ser desinfetadas, pelo menos seis vezes por dia, todas as zonas de contacto frequente, como as maçanetas de portas, torneias de lavatórios, mesas, bancadas, cadeiras, corrimãos, entre outros, e, após cada utilização, os “equipamentos críticos”, como terminais de pagamento automático e ementas individuais. A higienização das instalações sanitárias deve ser feita “pelo menos três vezes por dia” com detergente e desinfetante.

Entre clientes, devem ser trocadas as toalhas e as mesas utilizadas devem ser imediatamente higienizadas, sendo que estas não podem conter qualquer tipo de elemento decorativo.

A DGS recomenda também que as ementas individuais sejam substituídas por “ementas que não necessitem de ser manipuladas pelos clientes”, como placas manuscritas ou digitais, ou por ementas de uso único, que podem ser “seladas ou impressas nas toalhas de mesa descartáveis”. Caso os estabelecimentos não possam adotar esta recomendação, devem desinfetar, após qualquer utilização, as ementas comuns.

Os espaços devem assegurar uma “boa ventilação” e “renovação frequente de ar” em todas as áreas, estando proibida a utilização do ar condicionado em modo de “recirculação do ar”. Este apenas poderá funcionar em “modo de extração”.

Colaboradores

Os colaboradores dos restaurantes e espaços similares estão também obrigados a seguir uma série de orientações específicas como a utilização correta da máscara, a higienização das mãos entre cada cliente e a colocação de “pratos, copos, talheres e outros utensílios” nas mesas na presença do cliente que os vai utilizar.

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A loiça utilizada pelos clientes deve ser lavada na máquina de lavar com detergente, a temperatura elevada (80-90ºC). Os colaboradores, que devem usar luvas, “não devem entrar em contacto com alimentos expostos e prontos para comer com as próprias mãos” e devem usar utensílios adequados, como guardanapos, espátulas, pinças, luvas de uso único ou equipamentos de distribuição. 

Além disso, pede-se também que não passem de uma área suja para uma área limpa com as mesmas luvas. “Antes que essa passagem aconteça, as luvas devem ser substituídas”, refere a DGS, acrescentando que “o mesmo par de luvas pode ser utilizado apenas para uma tarefa e deve ser substituído se danificado ou se o colaborador interromper a tarefa”. Caso o colaborador esteja a executar a mesma tarefa continuadamente, as luvas devem ser substituídas a cada quatro horas ou sempre que necessário.

Clientes

De forma a contribuir para a limitação da transmissão da covid-19, a DGS recomenda que todos os clientes assegurem a higienização das mãos à entrada e saída do estabelecimento, o respeito pelo distanciamento recomendado de 2 metros (exceto coabitantes) e o cumprimento das medidas de etiqueta respiratória e que considerem “a utilização de máscara nos serviços take-away que estão instalados dentro dos estabelecimentos, utilizando-a sempre de forma adequada de acordo com as recomendações da DGS”.

Os clientes devem ainda evitar “tocar em superfícies e objetos desnecessários” e “dar preferência ao pagamento através do meio que não implique contacto físico entre o colaborador e o cliente”.

Um conjunto de medidas que deixou os proprietários dos restaurantes naturalmente satisfeitos por, finalmente, puderem voltar a ter vida dentro dos seus espaços, mas, ao mesmo tempo, inquietos e receosos, face à quantidade de procedimentos exigidos e ao receio dos clientes em voltarem.

Portugal está prestes a sentar-se à mesa de um restaurante e a desfrutar das iguarias que mais aprecia e que tantas saudades deixaram nestes últimos tempos. Se o balanço da primeira fase de desconfinamento for positivo, este regresso deverá acontecer já na próxima segunda-feira, dia 18 de maio. Um regresso a uma vida totalmente diferente daquela a que todos estávamos acostumados em fevereiro, mas que terá, certamente, um sabor especial… 

O documento completo com as normas da DGS para a abertura dos restaurantes pode ser consultado aqui.

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