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Reitoria da U.Porto acolhe exposição sobre movimento estudantil da cidade

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A escadaria do edifício da Reitoria da Universidade do Porto vai receber esta terça-feira, pelas 17h30, o arranque de uma exposição documental sobre o movimento estudantil da cidade, que chegou ao 25 de Abril “sem ser domado”.

A exposição constituída por uma quase totalidade de originais provenientes do arquivo Ephemera insere-se no festival Future Places e vai estar aberta no edifício PINC do UPTEC, com várias visitas guiadas previstas. Esta terça-feira será a vez de Pacheco Pereira.
O antigo presidente do Plenário dos estudantes do Porto no começo da década de 1970, afirmou, à Lusa, que o movimento estudantil do Porto “é talvez o mais ignorado de todos os movimentos estudantis, em relação a Coimbra e a Lisboa”, algo que considera ocorrer “injustamente”, dado que quase 400 estudantes foram presos, na altura da contestação ao Festival dos Coros.
O festival foi uma iniciativa do governo de então, para o qual foram convidados agrupamentos de países como a África do Sul, o que levou os estudantes a considerarem tal decisão “uma afronta ao seu movimento e impediram a realização do festival, provocando essa vaga de prisões”.
“Vários deles foram suspensos e foram todos sujeitos a multas. Por ironia do destino, o julgamento das multas – visto que muitos deles se recusaram a pagar – era em junho de 1974, portanto o 25 de Abril terminou esse processo nessa altura”, afirmou o historiador.
A exposição vai “retratar quer as lutas pedagógicas por escolas quer as lutas mais vastas” como a contra a guerra do Vietname ou a luta “contra a Queima das Fitas e a praxe, que foi um aspeto muito importante do movimento estudantil do Porto, tanto assim que deixou de haver praxe – nunca houve, mas os esboços que havia à volta da Queima das Fitas desapareceram”.
Até 31 de outubro, vai ser possível encontrar múltiplos documentos produzidos pelo movimento estudantil do Porto entre 1968 e 1974, ou dele resultantes, como uma lista da PIDE com os nomes dos estudantes considerados perigosos, entre os quais se encontra o próprio Pacheco Pereira, autor de vários documentos agora expostos.

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