A Direção-Geral da Saúde (DGS) assina, esta quinta-feira, protocolos com a indústria alimentar e distribuição para reduzir a quantidade de sal, açúcar e as chamadas gorduras trans em mais de 2.000 produtos.
O objetivo é que “as pessoas tenham acesso a alimentos saudáveis de uma forma mais facilitada”, afirmou, à Lusa, a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, explicando que os alimentos a reformular foram selecionados através dos inquéritos alimentares nacionais e com a Comissão Europeia, segundo noticia Notícias ao Minuto.
Segundo a governante, terão sido identificados “não só os alimentos que mais contribuem para a ingestão de açúcar, sal e ácidos gordos”, mas, também, “os que eram maioritariamente consumidos pelos grupos mais vulneráveis como crianças e adolescentes”.
Raquel Duarte explicou, ainda, que a redução no teor de sal, que abrange batatas fritas e outros snacks, pão, cereais de pequeno almoço, sopas prontas, refeições prontas e pizzas, atinge os 10%, mas há valores específicos: “No sal pretende-se atingir um grama de sal por 100 gramas de pão e nos cereais de pequeno almoço os 10% de redução”. Por sua vez, a redução dos teores de ácidos gordos trans, salienta aquele órgão de comunicação, abrange as gorduras industriais utilizadas para o fabrico de produtos alimentares.
“O acordo é inédito, pelo modelo de avaliação: o que se pretende é que esta reformulação dos alimentos alimentares seja avaliada e monitorizada de forma independente e externa [Nielsen, Instituto Ricardo Jorge e DGS), pelo número de categorias de produtos alimentares abrangidos e pelas associações do setor envolvidas”, destacou a secretária de Estado da Saúde.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED, que representa os supermercados), Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), Associação Nacional dos Industriais de Gelados Alimentares, Óleos, Margarinas e Derivados (ANIGOM), Associação Nacional Comerciantes Industriais Produtos Alimentares (ANCIPA), Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), Associação Portuguesa de Produtores de Flocos de Cereais (AFLOC) e Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB) serão as sete associações empresariais a assinar os acordos.
