A notícia do apoio financeiro por parte da CCDR/N foi avançada durante a cerimónia de apresentação pública da moeda de dois euros comemorativa da efeméride, emitida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, que decorreu, ontem, junto à torre. Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, que formalizou o apoio, trata-se de “um ato de justiça para uma cidade que tantas vezes se sente injustiçada”. Além disso, a Irmandade dos Clérigos vai também poder contar com um empréstimo para a quase totalidade da parte em falta, a um juro aproximado de três por cento e a 20 anos, de forma a assegurar o restante financiamento para a obra. Durante a cerimónia, o secretário de Estado explicou ainda que o empréstimo virá do programa comunitário “Jessica”, destinado a apoiar projetos de reabilitação e regeneração dos centros urbanos em Portugal e que tem disponíveis “250 milhões de euros” para esse fim.
O presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Américo Aguiar, revelou também que o anterior presidente do BPI e atual presidente da Fundação Gulbenkian, Artur Santos Silva, vai ajudar a Irmandade a reunir o dinheiro, cerca de 800 mil euros, para poder pagar o empréstimo. Como “padrinho” da obra, o responsável disponibilizou-se a intervir junto de “entidades empresariais da cidade” com o objetivo de conseguir reunir uma parte significativa da verba. O restante será assegurado pela venda de ingressos para visitar a Torre dos Clérigos, que permanecerá aberta durante o processo de restauro.
