Os funcionários dos CTT iniciam amanhã, sexta-feira, uma greve de 24 horas que marcará o arranque de uma quinzena de luta da área dos transportes e comunicações contra a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014. Em declarações à Lusa, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Vítor Narciso, admitiu que, nesse dia, pode não haver correio. “Estamos perante o cenário de haver muito poucas entregas de correio, uma vez que se prevê uma grande adesão”, referiu, informando que foram decretados serviços mínimos que devem envolver “menos de 10% dos trabalhadores”. A paralisação foi acordada na sequência da reunião que juntou, na semana passada, 36 organizações sindicais e comissões de trabalhadores do setor dos transportes. Durante o encontro, os trabalhadores decidiram avançar com uma quinzena de greves, entre 25 de outubro e 8 de novembro, que vai culminar com uma manifestação nacional, em Lisboa, a 9 de novembro.
Depois do protesto dos CTT segue-se a paralisação de 24 horas do Metropolitano de Lisboa, a 31 de outubro. A Transtejo e a Soflusa (transporte fluvial na região de Lisboa) param três horas por turno de 2 a 9 de novembro e os Transportes Coletivos do Barreiro (rodoviária) juntam-se, “pela primeira vez, à luta do setor” a 6 de novembro, desde o primeiro serviço até às 12:00. No dia seguinte, os funcionários da CP – Comboios de Portugal e da CP Carga juntam-se ao protesto, interrompendo os serviços entre as 09:30 e as 15:30.
