A propósito do Dia Internacional da Reciclagem, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que se assinala esta sexta-feira, 17 de maio, a organização ambientalista pede “mais e melhor educação e informação” para atingir a meta de reciclar 50% do lixo até 2022, quando atualmente vai nos 38%.
Segundo a Quercus, atingir as metas de reciclagem é “uma tarefa quase impossível”: Portugal tem de tratar 83,5% dos resíduos indiferenciados, dos quais são retirados materiais para reciclar e valorizar, para atingir a meta de reciclar 50% do lixo até 2022, que atualmente é de 38%.
A organização ambientalista refere outros números: reduzir a deposição em aterro para 10% até 2035 (agora cerca de 32%) e aumentar nessa altura a reciclagem para 65%.
Assim, em comunicado, citado pela Rádio Nova, a Quercus pede “mais e melhor educação e informação” e apela também aos candidatos às eleições europeias para integrarem as preocupações com a reciclagem, a separação do lixo e a promoção de campanhas de educação ambiental nos programas eleitorais.
Os portugueses “continuam à procura de informação que permita separar corretamente os lixos produzidos em casa diariamente, diz a associação que lançou há três meses a aplicação “Wastapp”, para ajudar na gestão dos resíduos domésticos.
A aplicação tem resposta para 56 tipologias de resíduos e tem carregadas 7.852 localizações de destinos para resíduos. Segundo a Quercus, as palavras mais procuradas, por falta de informação sobre o destino a dar a resíduos, foram “CD” e “DVD”, seguindo-se outras como “pensos”, “lâminas”, “tinta”, “panelas”, “tachos” e “medicamentos”.
Todos os dias cada português produz em média 1,32 quilos de lixo, contribuindo para uma produção anual de 4,75 milhões de toneladas de resíduos urbanos.
Atualmente, só 16,5% dos resíduos produzidos são encaminhados para os ecopontos.
